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Venezuela: Edmundo González rejeita convocação da Justiça e questiona: 'condenado por antecipação?'

Candidato da oposição afirmou que procedimento instaurado para contar votos em órgão judicial é irregular e que responder a citação o colocaria em risco

Uma apoiadora do candidato presidencial da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia e a líder da oposição Maria Corina Machado gritam slogans durante um protesto em frente à sede das Nações Unidas em Caracas em 30 de julho de 2024 (Yuri Cortez/AFP)

Uma apoiadora do candidato presidencial da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia e a líder da oposição Maria Corina Machado gritam slogans durante um protesto em frente à sede das Nações Unidas em Caracas em 30 de julho de 2024 (Yuri Cortez/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 09h33.

Última atualização em 7 de agosto de 2024 às 09h37.

O candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou que não vai atender ao chamado da Câmara Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para uma audiência na manhã desta quarta-feira, 7, que tem por objetivo revisar o processo eleitoral que resultou no controverso resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de reeleição de Nicolás Maduro. Em nota, González afirmou que o procedimento é irregular, fere as regras estabelecidas para a disputa eleitoral e que sua segurança estaria em risco, caso comparecesse ao órgão judicial.

"Pelos meios de comunicação, se difundiu uma pretensa citação para que eu compareça pessoalmente ante a Câmara Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça, a fim de consignar o material eleitoral e responder perguntas. No entanto, se eu fosse perante o Tribunal, faria em uma situação de absoluta indefesa, porque o trâmite adiantado pela Câmara Eleitoral, tal como foi anunciado pelos meios de comunicação, não corresponde com nenhum procedimento legal contemplado na Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou outra lei sobre a jurisdição eleitoral", escreveu González, em uma carta aberta aos cidadãos venezuelanos.

González também argumentou que as atribuições constitucionais do Poder Eleitoral estavam sendo descumpridas no país e que o CNE não produziu uma totalização dos votos baseada nas atas disponibilizas às organizações políticas e candidatos participantes, insistindo que as originais comprovam sua vitória.

"O CNE não produziu ainda um resultado das eleições presidenciais conforme a Constituição e a lei. É função do CNE garantir a transparência e a confiabilidade dos processos eleitorais, o que só ocorrerá uma vez que se façam de conhecimento público as atas autênticas para escrutínio", escreveu. "Deve se efetuar uma verificação confiável com a presença de testemunhas das organizações políticas e candidatos e de observadores nacionais e internacionais".

*Matéria em atualização

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