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Venezuela corta canal de diálogo informal com EUA

Comentários de uma autoridade norte-americana que foram interpretados por Caracas como ingerência política, disse nesta quarta-feira o chanceler venezuelano

Hugo Chávez: Venezuela irá às urnas em 14 de abril para escolher o sucessor de líder falecido entre seu herdeiro político, Nicolás Maduro, e o opositor Henrique Capriles. (Rodrigo Buendia/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 23h45.

Caracas - A Venezuela cortou o canal informal de diálogo que mantinha com os Estados Unidos devido a comentários de uma autoridade norte-americana que foram interpretados por Caracas como ingerência política, disse nesta quarta-feira o chanceler venezuelano.

Após anos de tensas relações entre Caracas e Washington, alimentadas pela ácida retórica do falecido presidente Hugo Chávez contra o "império" norte-americano, foi estabelecido um mecanismo de diálogo bilateral em novembro.

Na ponta norte-americana da linha estava Roberta Jacobson, a diplomata dos Estados Unidos para América Latina, mas a Venezuela suprimiu esse canal depois que ela comentou as eleições do país para um jornal espanhol e disse não ter visto uma imprensa livre na nação sul-americana.

"Com essa última declaração de Jacobson entendemos que não tem sentido continuar perdendo tempo", disse o chanceler Elías Jaua. "Fica adiado qualquer contato e qualquer notificação que se havia estabelecido." Ele explicou, contudo, que as relações diplomáticas e consulares estão mantidas e manifestou desejo de que "tomara que algum dia possamos ter relações normais".

A Venezuela irá às urnas em 14 de abril para escolher o sucessor de Chávez entre seu herdeiro político, Nicolás Maduro, e o opositor Henrique Capriles.

Segundo duas pesquisas divulgadas nesta semana, o candidato do governo tem uma vantagem superior a 14 pontos percentuais nas intenções de voto em relação ao opositor.

A suspensão do diálogo acontece dias depois de o governo expulsar dois adidos militares norte-americanos acusados de contatar autoridades das Forças Armadas locais para "desestabilizar o país." Em represália, os Estados Unidos expulsaram dois diplomatas venezuelanos, que foram condecorados pelo chanceler.

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Na ponta norte-americana da linha estava Roberta Jacobson, a diplomata dos Estados Unidos para América Latina, mas a Venezuela suprimiu esse canal depois que ela comentou as eleições do país para um jornal espanhol e disse não ter visto uma imprensa livre na nação sul-americana.

"Com essa última declaração de Jacobson entendemos que não tem sentido continuar perdendo tempo", disse o chanceler Elías Jaua. "Fica adiado qualquer contato e qualquer notificação que se havia estabelecido." Ele explicou, contudo, que as relações diplomáticas e consulares estão mantidas e manifestou desejo de que "tomara que algum dia possamos ter relações normais".

A Venezuela irá às urnas em 14 de abril para escolher o sucessor de Chávez entre seu herdeiro político, Nicolás Maduro, e o opositor Henrique Capriles.

Segundo duas pesquisas divulgadas nesta semana, o candidato do governo tem uma vantagem superior a 14 pontos percentuais nas intenções de voto em relação ao opositor.

A suspensão do diálogo acontece dias depois de o governo expulsar dois adidos militares norte-americanos acusados de contatar autoridades das Forças Armadas locais para "desestabilizar o país." Em represália, os Estados Unidos expulsaram dois diplomatas venezuelanos, que foram condecorados pelo chanceler.

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