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Venezuela continuará com política de expropriações de terras

As terras que serão nacionalizadas se somarão aos 3,6 milhões de hectares desapropriados durante a Administração do falecido líder Hugo Chávez

Bandeira da Venezuela: desde 2004 foram entregues aos 51 povos originais do país títulos de propriedade sobre 1,81 milhões de hectares de terras cultiváveis. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2013 às 16h18.

Caracas - O Governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro , continuará com a política de desapropriação de terras cultiváveis de latifúndio e deve nacionalizar 265 mil hectares nos próximos anos, informou nesta terça-feira uma fonte oficial.

As terras que serão nacionalizadas se somarão aos 3,6 milhões de hectares desapropriados durante a Administração do falecido líder Hugo Chávez (1999-2003), afirmou o presidente do governamental Instituto Nacional de Terras (INTI), William Gudiño.

Gudiño indicou que ainda há uma porcentagem grande de latifúndios e existe um plano governamental para expropriar cerca de 265 mil hectares, o que ocorrerá "nos próximos meses e anos".

O funcionário acrescentou em entrevista à emissora "VTV" que, "sem deixar de resgatar terras", a prioridades de sua gestão aponta para tornar produtivas as terras já desapropriadas, as quais, disse, requerem "um esforço muito grande".

Gudiño reconheceu que houve conflitos por "problemas de financiamento" em terras cultiváveis, excesso de chuvas que afetaram plantações e altos índices de violência.

Além disso, houve pessoas encarregadas dos projetos em terras desapropriadas que "não tiveram paciência e abandonaram" os locais, que agora devem voltar a ser "resgatadas, e para isso, vamos nos esforçar muito", disse.


Gudiño também ressaltou que é preciso minimizar as disputas de terras, incluindo as indígenas, o que passa pelo assassinato do cacique do povo yukpa Sabino Romero, em 3 de março no estado Zulia, fronteiriço com a Colômbia.

O presidente do INTI destacou a necessidade de "integrar o trabalho do INTI ao Banco Social Agrário", porque "algumas pessoas têm instrumentos de propriedade, mas não têm créditos".

Na última comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, em agosto de 2012, o então vice-presidente do Executivo e atual chanceler, Elías Jaua, revelou que desde 2004 foram entregues aos 51 povos originais do país títulos de propriedade sobre 1,81 milhões de hectares de terras cultiváveis.

O número equivale a cerca do 6% dos 30 milhões de hectares aptos para agricultura, pecuária e exploração florestal, com os quais conta o país, e a metade dos 3,6 milhões de hectares que o Governo expropriou desde 2004.

Setores empresariais acusaram o Governo de ter "destroçado" o aparelho produtivo do país com sua política de nacionalizações afirmando que são raros os casos de expropriações que serviram para gerar uma maior produção agropecuária.

A Venezuela tem 28,9 milhões de habitantes, dos quais 725.128 se reconhecem como indígenas, segundo o último censo nacional efetuado em 2011.

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As terras que serão nacionalizadas se somarão aos 3,6 milhões de hectares desapropriados durante a Administração do falecido líder Hugo Chávez (1999-2003), afirmou o presidente do governamental Instituto Nacional de Terras (INTI), William Gudiño.

Gudiño indicou que ainda há uma porcentagem grande de latifúndios e existe um plano governamental para expropriar cerca de 265 mil hectares, o que ocorrerá "nos próximos meses e anos".

O funcionário acrescentou em entrevista à emissora "VTV" que, "sem deixar de resgatar terras", a prioridades de sua gestão aponta para tornar produtivas as terras já desapropriadas, as quais, disse, requerem "um esforço muito grande".

Gudiño reconheceu que houve conflitos por "problemas de financiamento" em terras cultiváveis, excesso de chuvas que afetaram plantações e altos índices de violência.

Além disso, houve pessoas encarregadas dos projetos em terras desapropriadas que "não tiveram paciência e abandonaram" os locais, que agora devem voltar a ser "resgatadas, e para isso, vamos nos esforçar muito", disse.


Gudiño também ressaltou que é preciso minimizar as disputas de terras, incluindo as indígenas, o que passa pelo assassinato do cacique do povo yukpa Sabino Romero, em 3 de março no estado Zulia, fronteiriço com a Colômbia.

O presidente do INTI destacou a necessidade de "integrar o trabalho do INTI ao Banco Social Agrário", porque "algumas pessoas têm instrumentos de propriedade, mas não têm créditos".

Na última comemoração do Dia Internacional dos Povos Indígenas, em agosto de 2012, o então vice-presidente do Executivo e atual chanceler, Elías Jaua, revelou que desde 2004 foram entregues aos 51 povos originais do país títulos de propriedade sobre 1,81 milhões de hectares de terras cultiváveis.

O número equivale a cerca do 6% dos 30 milhões de hectares aptos para agricultura, pecuária e exploração florestal, com os quais conta o país, e a metade dos 3,6 milhões de hectares que o Governo expropriou desde 2004.

Setores empresariais acusaram o Governo de ter "destroçado" o aparelho produtivo do país com sua política de nacionalizações afirmando que são raros os casos de expropriações que serviram para gerar uma maior produção agropecuária.

A Venezuela tem 28,9 milhões de habitantes, dos quais 725.128 se reconhecem como indígenas, segundo o último censo nacional efetuado em 2011.

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