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Venezuela avalia relações com Espanha após incidente com Evo

Madri fechou seu espaço aéreo ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, diante de rumores de que escondia o fugitivo norte-americano Edward Snowden


	"Vamos avaliar nossas relações com a Espanha", disse Maduro ao chegar de sua viagem europeia
 (AFP)

"Vamos avaliar nossas relações com a Espanha", disse Maduro ao chegar de sua viagem europeia (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 23h01.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira que avaliará as relações diplomáticas com a Espanha, depois que Madri fechou seu espaço aéreo ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, diante de rumores de que escondia o fugitivo norte-americano Edward Snowden.

"Vamos avaliar nossas relações com a Espanha", disse Maduro ao chegar de sua viagem europeia. "O que fez o governo da Espanha é infame", completou o sucessor de Hugo Chávez em relação ao fechamento temporário de seu espaço aéreo.

Morales, aliado ideológico e comercial da Venezuela, voltou ao seu país na quarta-feira, após seu avião ter sido desviado por países europeus como Portugal e França devido a suspeitas de que viajava com o ex-contratado da CIA, que está no aeroporto de Moscou e é acusado de espionagem nos Estados Unidos.

O incidente com o líder boliviano gerou uma enérgica crítica dos países sul-americanos, especialmente dos presidentes mais próximos de sua retórica anti-imperialista, como Argentina, Equador, Venezuela e Uruguai, que se reuniram na quinta-feira na cidade boliviana de Cochabamba para analisar suas relações com o bloco europeu.

"Quem veio com a gota d'água foi a Espanha. Indigno presidente (Mariano) Rajoy teve como objetivo revisar a aeronave do presidente da Bolívia ", afirmou horas mais tarde, em Cochabamba, Maduro, que tem reiterado publicamente a sua vontade de dar asilo a Snowden.

Maduro já teve uma forte rusga com o governo de Rajoy após sua vitória eleitoral acirrada diante de Henrique Capriles em abril, quando chamou seu embaixador em Madri, depois que o país europeu pediu uma recontagem dos votos, conforme solicitado pela oposição. No entanto, o impasse foi superado rapidamente.

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