Venda de pacotes turísticos na Argentina se paralisa
A desvalorização do peso aumentou o preço das viagens internacionais, fixados em dólares, e provocou um aumento do turismo interno em detrimento do exterior
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 15h45.
Buenos Aires - A venda de pacotes turísticos na Argentina se paralisou na última semana por causa da brusca desvalorização do peso e da flexibilização das restrições cambiais por parte do governo, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes do setor.
"O negócio se paralisou. Há consultas, mas não estão concretizando operações", detalhou Gastón Kulik, agente de vendas da empresa de turismo Babylon.
Segundo Kulik, existe "incerteza sobre o valor do dólar", que estava cotado hoje a 8,02 pesos por unidade após se desvalorizar mais de 34% este mês e "as pessoas estão esperando para ver se a situação se estabiliza para comprar".
O diretor da Buzios Tours Business Adicional, Andrés Schwartzman, comentou que o freio temporário nas vendas foi influenciado também pela indecisão do governo, que primeiro anunciou que reduziria de 35% a 20% o novo imposto sobre as operações turísticas e dois dias depois voltou atrás.
"O povo está especulando, não sabe o que fazer, porque houve variáveis que foram para trás ou para adiante e estão esperando para ver se o (imposto) volta a 20%, a 25%, se sobe a 50%, se o dólar baixa...", declarou Schwartzman.
A desvalorização do peso aumentou o preço das viagens internacionais, fixados em dólares, e provocou um aumento do turismo interno em detrimento do exterior.
"Se retraiu muitíssimo a venda dos pacotes ao exterior", afirmou Mónica Pellazzia, gerente da Confluência viagens.
Kulik acrescentou que também há mudanças nas viagens ao exterior, onde destinos mais custosos, como Caribe e México, são trocados por outros mais econômicos, como o Brasil, mas destacou que a redução da demanda foi acompanhada de "um descenso dos preços em dólares".
O diretor da Buzios Tours Business Adicional ressaltou que grande parte dos pacotes turísticos para os próximos meses foram vendidos há meses e os efeitos da desvalorização do peso serão mais visíveis na segunda metade do ano.
O peso se desvalorizou este mês mais de 34%, sua maior queda em mais de uma década, e aumentou a ameaça inflacionária na Argentina, que poderia chegar a 30% este ano, segundo estimativas privadas.
Após a depreciação da moeda argentina, o governo voltou a autorizar na segunda-feira passada a compra de dólares para a poupança, mas manteve intacto o novo imposto de 35% para os pacotes turísticos internacionais e para a compra de cartões no exterior.
Buenos Aires - A venda de pacotes turísticos na Argentina se paralisou na última semana por causa da brusca desvalorização do peso e da flexibilização das restrições cambiais por parte do governo, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes do setor.
"O negócio se paralisou. Há consultas, mas não estão concretizando operações", detalhou Gastón Kulik, agente de vendas da empresa de turismo Babylon.
Segundo Kulik, existe "incerteza sobre o valor do dólar", que estava cotado hoje a 8,02 pesos por unidade após se desvalorizar mais de 34% este mês e "as pessoas estão esperando para ver se a situação se estabiliza para comprar".
O diretor da Buzios Tours Business Adicional, Andrés Schwartzman, comentou que o freio temporário nas vendas foi influenciado também pela indecisão do governo, que primeiro anunciou que reduziria de 35% a 20% o novo imposto sobre as operações turísticas e dois dias depois voltou atrás.
"O povo está especulando, não sabe o que fazer, porque houve variáveis que foram para trás ou para adiante e estão esperando para ver se o (imposto) volta a 20%, a 25%, se sobe a 50%, se o dólar baixa...", declarou Schwartzman.
A desvalorização do peso aumentou o preço das viagens internacionais, fixados em dólares, e provocou um aumento do turismo interno em detrimento do exterior.
"Se retraiu muitíssimo a venda dos pacotes ao exterior", afirmou Mónica Pellazzia, gerente da Confluência viagens.
Kulik acrescentou que também há mudanças nas viagens ao exterior, onde destinos mais custosos, como Caribe e México, são trocados por outros mais econômicos, como o Brasil, mas destacou que a redução da demanda foi acompanhada de "um descenso dos preços em dólares".
O diretor da Buzios Tours Business Adicional ressaltou que grande parte dos pacotes turísticos para os próximos meses foram vendidos há meses e os efeitos da desvalorização do peso serão mais visíveis na segunda metade do ano.
O peso se desvalorizou este mês mais de 34%, sua maior queda em mais de uma década, e aumentou a ameaça inflacionária na Argentina, que poderia chegar a 30% este ano, segundo estimativas privadas.
Após a depreciação da moeda argentina, o governo voltou a autorizar na segunda-feira passada a compra de dólares para a poupança, mas manteve intacto o novo imposto de 35% para os pacotes turísticos internacionais e para a compra de cartões no exterior.