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Vaticano pede que católicos não invistam em combustíveis fósseis e armas

Manual para líderes católicos faz apelo a necessidade de se proteger a natureza, a vida e as pessoas indefesas

 (Vatican Media/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de junho de 2020 às 13h41.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às 14h50.

O Vaticano exortou os católicos nesta quinta-feira a retirarem seus investimentos das indústrias de combustíveis fósseis e armas e monitorarem atentamente empresas de setores como o da mineração para verificar se estão prejudicando o meio ambiente.

Os apelos constam de um manual de 225 páginas para líderes da Igreja e trabalhadores em comemoração do quinto aniversário da encíclica histórica do papa Francisco, "Laudato Si" ("Louvado Sejas"), sobre a necessidade de se proteger a natureza, a vida e as pessoas indefesas.

O compêndio sugere medidas práticas para cumprir as metas da encíclica, que deu grande apoio aos acordos para conter o aquecimento global e alertou para os perigos da mudança climática.

A seção de finanças do manual diz que as pessoas "poderiam favorecer mudanças positivas... excluindo de seus investimentos as empresas que não satisfazem certos parâmetros", como o respeito pelos direitos humanos, a proibição do trabalho infantil e a proteção do meio ambiente.

Batizada de "A Caminho dos Cuidados da Casa Comum", ela tem entre suas propostas de ação conclamar os católicos a "evitarem empresas que são danosas à ecologia humana ou social, como a aborto e armamentos, e ao meio ambiente, como as de combustíveis fósseis".

Outra seção pede o "monitoramento rigoroso" das indústrias extrativistas em áreas com ecossistemas frágeis para evitar a contaminação do ar, do solo e da água.

No mês passado, mais de 40 organizações religiosas de todo o mundo, mais da metade delas católicas, prometeram retirar seus investimentos de empresas de combustíveis fósseis.

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