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Vaticano afasta 848 padres por abuso desde 2004

O arcebispo Silvano Tomasi afirmou que, desde 2004, mais de 3.400 casos críveis de abusos tinham sido encaminhados para o Vaticano

Vista do Vaticano: arcebispo Silvano Tomasi disse que, na última década, 848 sacerdotes tinham sido afastados do cargo ou devolvidos ao estado laical pelo papa (Tiziana Fabi/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 18h38.

Genebra - O Vaticano divulgou pela primeira vez nesta terça-feira estatísticas abrangentes sobre como disciplinou padres acusados de estuprar e molestar crianças, afirmando que 848 padres foram destituídos e outros 2.572 receberam sanções menores ao longo da última década.

O embaixador do Vaticano nas Nações Unidas em Genebra, arcebispo Silvano Tomasi, revelou os números durante o segundo dia de questionamentos por uma comissão da ONU que monitora a implementação de um tratado contra tortura.

Tomasi insistiu que a convenção se aplica somente dentro da Cidade do Vaticano.

No entanto, ele divulgou estatísticas sobre como a Santa Sé tem julgado casos de abuso sexual em nível mundial e, de forma significativa, não contestou a alegação da comissão de que a violência sexual contra crianças pode ser considerada tortura.

O arcebispo afirmou que, desde 2004, mais de 3.400 casos críveis de abusos tinham sido encaminhados para o Vaticano. Ele disse que, na última década, 848 sacerdotes tinham sido afastados do cargo ou devolvidos ao estado laical pelo papa.

Outros 2.572 foram condenados a uma vida de penitência e oração ou alguma outra sanção menor, que é muitas vezes usada quando o sacerdote acusado é idoso ou enfermo.

Segundo levantamento da Associated Press, só no ano passado foram registrados 401 casos, sendo que 43 padres foram impedidos de praticar o sacerdócio e 358 receberam medidas disciplinares.

Reconhecendo o elevado número de sacerdotes punidos com pena menor, Tomasi disse que as penas representam uma ação disciplinar e que o agressor é "colocado em um lugar onde não tem qualquer contato com as crianças". Fonte: Associated Press.

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O embaixador do Vaticano nas Nações Unidas em Genebra, arcebispo Silvano Tomasi, revelou os números durante o segundo dia de questionamentos por uma comissão da ONU que monitora a implementação de um tratado contra tortura.

Tomasi insistiu que a convenção se aplica somente dentro da Cidade do Vaticano.

No entanto, ele divulgou estatísticas sobre como a Santa Sé tem julgado casos de abuso sexual em nível mundial e, de forma significativa, não contestou a alegação da comissão de que a violência sexual contra crianças pode ser considerada tortura.

O arcebispo afirmou que, desde 2004, mais de 3.400 casos críveis de abusos tinham sido encaminhados para o Vaticano. Ele disse que, na última década, 848 sacerdotes tinham sido afastados do cargo ou devolvidos ao estado laical pelo papa.

Outros 2.572 foram condenados a uma vida de penitência e oração ou alguma outra sanção menor, que é muitas vezes usada quando o sacerdote acusado é idoso ou enfermo.

Segundo levantamento da Associated Press, só no ano passado foram registrados 401 casos, sendo que 43 padres foram impedidos de praticar o sacerdócio e 358 receberam medidas disciplinares.

Reconhecendo o elevado número de sacerdotes punidos com pena menor, Tomasi disse que as penas representam uma ação disciplinar e que o agressor é "colocado em um lugar onde não tem qualquer contato com as crianças". Fonte: Associated Press.

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