Vargas Llosa pede "concórdia" em litígio entre Peru e Chile
"Esse conflito não deveria servir para semear o ódio e a inimizade entre os dois países", ressaltou o escritor peruano
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2012 às 13h38.
Madri - Os escritores Mario Vargas Llosa e Jorge Edwards apresentaram nesta quarta-feira o "chamado à concórdia", um manifesto assinado por acadêmicos e intelectuais do Peru e do Chile no qual se pede uma "reconciliação verdadeira" diante do litígio marítimo entre ambos os países, levado à Corte Internacional de Haia.
Esse conflito não deveria servir para "semear o ódio e a inimizade" entre os dois países, ressaltou Vargas Llosa na apresentação do manifesto no Círculo de Belas Artes de Madri, que recebeu inúmeros representantes diplomáticos e jornalistas.
O escritor peruano e prêmio Nobel de Literatura se referia à reivindicação marítima apresentada por seu país contra o Chile em 2008 na Corte Internacional de Haia.
O Peru, por sua vez, alegou então que não existem limites marítimos definidos entre ambos os países, enquanto o Chile defende que tais fronteiras foram fixadas em tratados assinados em 1952 e 1954.
Para o governo de Lima, no entanto, estes tratados assinados na década de 50 foram definidos em um âmbito pesqueiro.
A fase oral do litígio será iniciada no próximo mês de dezembro e espara-se que a solução para este impasse seja firmada ainda no primeiro semestre de 2013.
O "chamado à concórdia" apresentado hoje está assinado por cerca de 30 personalidades peruanas e chilenas do mundo da literatura, da arte, da ciência e da política, embora o manifesto, segundo sublinharam Edwards e Vargas Llosa, está aberto a mais apoios.
"Nós estamos convencidos que a sentença do Tribunal de Haia, ao invés de ser um motivo de reservas, rumores desnecessários e de visão estreita, é uma oportunidade para dar um passo positivo em nossas relações", indica o manifesto.
O prêmio Nobel 2010 (Llosa) e o prêmio Cervantes 1999 (Edwards) também sublinharam que esta é uma proposta da sociedade civil, que segue à margem dos governos de seus respectivos países.
"É uma iniciativa de dois escritores, velhos amigos há muitos anos", assegurou Jorge Edwards, o autor de "A morte de Montaigne" e "Os convidados de pedra".
Madri - Os escritores Mario Vargas Llosa e Jorge Edwards apresentaram nesta quarta-feira o "chamado à concórdia", um manifesto assinado por acadêmicos e intelectuais do Peru e do Chile no qual se pede uma "reconciliação verdadeira" diante do litígio marítimo entre ambos os países, levado à Corte Internacional de Haia.
Esse conflito não deveria servir para "semear o ódio e a inimizade" entre os dois países, ressaltou Vargas Llosa na apresentação do manifesto no Círculo de Belas Artes de Madri, que recebeu inúmeros representantes diplomáticos e jornalistas.
O escritor peruano e prêmio Nobel de Literatura se referia à reivindicação marítima apresentada por seu país contra o Chile em 2008 na Corte Internacional de Haia.
O Peru, por sua vez, alegou então que não existem limites marítimos definidos entre ambos os países, enquanto o Chile defende que tais fronteiras foram fixadas em tratados assinados em 1952 e 1954.
Para o governo de Lima, no entanto, estes tratados assinados na década de 50 foram definidos em um âmbito pesqueiro.
A fase oral do litígio será iniciada no próximo mês de dezembro e espara-se que a solução para este impasse seja firmada ainda no primeiro semestre de 2013.
O "chamado à concórdia" apresentado hoje está assinado por cerca de 30 personalidades peruanas e chilenas do mundo da literatura, da arte, da ciência e da política, embora o manifesto, segundo sublinharam Edwards e Vargas Llosa, está aberto a mais apoios.
"Nós estamos convencidos que a sentença do Tribunal de Haia, ao invés de ser um motivo de reservas, rumores desnecessários e de visão estreita, é uma oportunidade para dar um passo positivo em nossas relações", indica o manifesto.
O prêmio Nobel 2010 (Llosa) e o prêmio Cervantes 1999 (Edwards) também sublinharam que esta é uma proposta da sociedade civil, que segue à margem dos governos de seus respectivos países.
"É uma iniciativa de dois escritores, velhos amigos há muitos anos", assegurou Jorge Edwards, o autor de "A morte de Montaigne" e "Os convidados de pedra".