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Vale recebe licença para projeto de potássio em Sergipe

O documento é o primeiro passo para a implantação do projeto Carnalita, que será a maior planta de extração de potássio do Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Rio de Janeiro - A Vale informou nesta terça-feira que recebeu licença ambiental prévia para o seu projeto de potássio Carnalita, no Estado de Sergipe, etapa importante no objetivo da empresa de se tornar uma das maiores produtoras mundiais de fertilizantes em um período de sete anos.

"O documento é o primeiro passo para a implantação do empreendimento, uma vez que atesta a viabilidade ambiental do projeto", afirmou a Vale em nota.

Quando entrar em operação, Carnalita será a maior planta de extração de potássio do Brasil, disse a Vale, com produção inicial estimada em torno de 1,2 milhão de toneladas anuais de cloreto de potássio. O início da operação está previsto para 2014.

Além de preparar a instalação de Carnalita, a empresa informou que está realizando pesquisa geológica na região em busca de mais reservas minerais disponíveis para produção de potássio.

O cloreto de potássio, classificado como fertilizante mineral simples, é usualmente misturado ao fósforo e ao nitrogênio na produção do fertilizante composto (NPK). A Vale informou que outra tecnologia está sendo testada em uma planta piloto na região.

"Diferentemente da produção atual de cloreto de potássio, onde a extração é feita em lavra subterrânea na mina Taquari-Vassouras, a mineração da Carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. A salmoura será então retirada do subsolo e processada na superfície", explicou a Vale.

Taquari-Vassouras fica próximo a Carnalita e foi arrendada pela Vale da Petrobras em 1991. As reservas no local são suficientes para garantir a operação até 2019 segundo a companhia. Após expansões em 2005 passou a produzir 850 mil toneladas por ano.

A Vale vem aumentando sua participação no setor de fertilizantes para suprir a carência do mercado brasileiro, que importa a maior parte dos fertilizantes que utiliza.

"A previsão é que a América Latina, em especial o Brasil, seja responsável por 30 por cento do crescimento futuro da demanda por fertilizantes", informou a companhia justificando seu interesse pelo setor.

Em janeiro deste ano, a Vale iniciou o processo de aquisição dos ativos de fertilizantes da Bunge e das ações da Fosfertil no Brasil. A Vale desenvolve ainda vários projetos de fosfato e potássio ao redor do mundo, como o projeto de rocha fosfática Bayóvar, no Peru; o projeto Rio Colorado, na Argentina e o projeto Regina, no Canadá.

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