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Vale do Cuiabá, em Petrópolis, deve virar área de proteção ambiental

Antes das enchentes, área era ocupada por condomínios de luxo

Destruição causada pelas enchentes em Petrópolis, no Rio: 48 desapareceram na cidade (Wilson Dias/ABr)

Destruição causada pelas enchentes em Petrópolis, no Rio: 48 desapareceram na cidade (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 12h24.

Rio de Janeiro - A configuração geográfica e os cursos dos rios que foram alterados pelas fortes chuvas e avalanches de terra que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro, no último dia 12, devem ser transformados em unidades de proteção, como parques fluviais. A primeira etapa do projeto já foi iniciada com o mapeamento por satélite e por terra das áreas atingidas.

Os municípios mais castigados foram os de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. O estudo está sendo elaborado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

De acordo com a presidente do órgão, Marilene Ramos, o Vale do Cuiabá, em Petrópolis, por exemplo, antes ocupado por condomínios de luxo, deve se transformar em unidade de conservação.

“Após a tragédia, córregos e rios definiram novas áreas de inundação. Estamos começando os primeiros levantamentos para a criação de parques fluviais a partir dessas mudanças. Já criamos parques semelhantes ao longo de outros rios no estado, entre os quais Guandu, Piabanha e Macacu”, disse ela.

Marilene não descartou a necessidade de desapropriações, já que algumas áreas da região serrana passaram a oferecer risco à ocupação. Além disso, os parques fluviais servem para inibir as construções irregulares.

“O Vale do Cuiabá, segundo avaliações preliminares, pode ter algumas ruas e acessos fechados para que seja possível a recomposição natural da região”, afirmou Marilene. Antes, o local era ocupado por mansões, sítios e condomínios de luxo de famílias tradicionais do Rio de Janeiro, que costumavam passar o fim de semana na região serrana.

O Vale do Cuiabá foi uma das áreas mais devastadas pelo Rio Santo Antônio, que passava nos fundos dos terrenos das construções de luxo na região.

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