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Vacina russa é testada em 40.000 voluntários de Moscou

Rússia anunciou, no início de agosto, que teria desenvolvido a "primeira" vacina contra a covid-19 por parte do centro de pesquisas Nikolai-Gamaleia

Vacina: pode ser voluntário qualquer habitante da cidade com nacionalidade russa e cobertura médica vigente (Images By Tang Ming Tung/Getty Images)

Vacina: pode ser voluntário qualquer habitante da cidade com nacionalidade russa e cobertura médica vigente (Images By Tang Ming Tung/Getty Images)

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AFP

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 18h40.

As autoridades de Moscou anunciaram, nesta quarta-feira (9), que começaram os ensaios da vacina russa contra a covid-19 em 40.000 habitantes da capital, a última etapa de testes da mesma, anunciada em agosto.

"Os primeiros participantes foram vacinados hoje em estabelecimentos médicos da capital", disse em comunicado a vice-prefeita de Moscou, Anastasia Rakova, saudando um "dia importante não apenas para a cidade, mas para todo o país".

No total, 40.000 habitantes foram convidados a participar neste estudo. Pode ser voluntário qualquer habitante da cidade com nacionalidade russa e cobertura médica vigente.

A Rússia anunciou, no início de agosto, que teria desenvolvido a "primeira" vacina contra a covid-19 por parte do centro de pesquisas Nikolai-Gamaleia. Na ocasião, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que uma de suas filhas já havia sido vacinada.

 

 

Chamada Sputnik V, em homenagem ao primeiro satélite artificial da história, a vacina russa é vista com ceticismo no mundo, principalmente pela falta de uma fase final dos testes no momento deste anúncio.

Segundo o site oficial da vacina, "a fase 3 de ensaios clínicos na qual participam mais de 2.000 pessoas" em vários países, começou em 12 de agosto, no dia seguinte ao anúncio do registro da Sputnik V.

Mais de 20 países solicitaram a compra de um bilhão de doses desta vacina, de acordo com o fundo soberano russo, que participou de seu financiamento.

 

 

Diversos países trabalham atualmente no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, que já deixou quase 900.000 mortes em todo o mundo.

Os testes clínicos de uma das vacinas mais avançadas, desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford e pelo grupo farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca, acabam de ser suspensas para analisar um possível efeito adverso grave em um participante.

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