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Usinas nucleares fazem exercício de simulação de acidentes

Começaram hoje exercícios de simulação de acidentes nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis

Usinas nucleares Angra 1 e Angra 2: novidade deste ano é que o exercício terá um dia a mais, voltado exclusivamente para os moradores da região (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 14h27.

Rio de Janeiro – Começaram hoje (10) os exercícios de simulação de acidentes nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. A ação vai até quinta-feira (12). O Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto ocorre a cada dois anos. O coordenador-geral do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), comandante Alexandre Curcino de Oliveira, explicou que a novidade deste ano é que o exercício, criado em 1996, terá um dia a mais, voltado exclusivamente para os moradores da região.

“O dia de hoje será para que a população tenha a principal ferramenta de segurança que é a informação. Então haverá postos em Paraty, Parque Mambucaba, no Frade e em Angra dos Reis, onde serão feitas exposições e ações de comunicação social e também de assistência à população”, contou o comandante.

Durante os três dias do exercício, hospitais de campanha farão atendimentos ambulatoriais e palestras sobre prevenção de doenças e outras questões de saúde. As exposições, no centro de Angra e em Paraty, abordam a energia nuclear, além da estrutura e da dinâmica do exercício geral de 2011, com fotos e textos. Estarão expostos também materiais e atividades das organizações envolvidas no plano de emergência.

Além das mostras e palestras, a operadora estatal Eletronuclear, que administra o complexo, está veiculando comerciais sobre o plano de emergência na TV, na rádio e na internet, bem como anúncios na mídia impressa.

Nos próximos dois dias haverá simulação de vazamento de radiação para o meio ambiente e de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de cinco quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, vai participar voluntariamente do exercício. Os voluntários serão removidos e abrigados em escolas do município.


Nos anos ímpares são feitos exercícios gerais que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, voltados para pontos específicos que necessitem maior prática.

Para a representante da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, Sílvia Chada, a campanha de publicidade feita pela Eletronuclear não explica nada à população. “A única coisa que eles evidenciam na propaganda é a data. Não mencionam nenhuma vez a palavra usina nuclear, muito menos explicam o que é e para que é o raio do exercício”, comentou ela.

Ainda segundo Chada, a Eletronuclear não trabalha com a concepção de risco na comunicação com os moradores ou nos exercícios. “A Eletronuclear trabalha na lógica de que a energia nuclear é absolutamente segura, então a população não adquire essa percepção de risco, que é fundamental para uma situação de acidente. Eles fazem esses simulados, pois são obrigados por lei”, comentou. “Então, é um grande engodo”, concluiu.

O assessor da presidência da Eletronuclear, almirante Wilson Montalvão, informou que as críticas sobre a campanha são bem-vindas, mas que muitos elogios foram feitos às peças publicitárias. “É importante saber como nossas informações estão chegando ao público em geral, dessa forma temos condições de melhorar e aperfeiçoar as informações que prestamos”, comentou ele. “Por outro lado, temos recebido uma série de informações de que os exercícios estão sendo bem divulgados. Mas gostamos sempre de ouvir o outro lado”, disse ele.

O almirante acrescentou que ao longo do ano são feitas ações rotineiras nas escolas e nas comunidades, com distribuição de calendário sobre as atividades do complexo. Ele destacou também que a questão do risco e da segurança são prioridades da Eletronuclear, que sempre expõe os riscos da atividade a quem visita o local.

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Rio de Janeiro – Começaram hoje (10) os exercícios de simulação de acidentes nas usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense. A ação vai até quinta-feira (12). O Exercício Geral do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto ocorre a cada dois anos. O coordenador-geral do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), comandante Alexandre Curcino de Oliveira, explicou que a novidade deste ano é que o exercício, criado em 1996, terá um dia a mais, voltado exclusivamente para os moradores da região.

“O dia de hoje será para que a população tenha a principal ferramenta de segurança que é a informação. Então haverá postos em Paraty, Parque Mambucaba, no Frade e em Angra dos Reis, onde serão feitas exposições e ações de comunicação social e também de assistência à população”, contou o comandante.

Durante os três dias do exercício, hospitais de campanha farão atendimentos ambulatoriais e palestras sobre prevenção de doenças e outras questões de saúde. As exposições, no centro de Angra e em Paraty, abordam a energia nuclear, além da estrutura e da dinâmica do exercício geral de 2011, com fotos e textos. Estarão expostos também materiais e atividades das organizações envolvidas no plano de emergência.

Além das mostras e palestras, a operadora estatal Eletronuclear, que administra o complexo, está veiculando comerciais sobre o plano de emergência na TV, na rádio e na internet, bem como anúncios na mídia impressa.

Nos próximos dois dias haverá simulação de vazamento de radiação para o meio ambiente e de situação de emergência. Parte dos residentes em um raio de cinco quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, vai participar voluntariamente do exercício. Os voluntários serão removidos e abrigados em escolas do município.


Nos anos ímpares são feitos exercícios gerais que acionam toda a estrutura necessária a uma situação de emergência. Os anos pares são destinados aos exercícios parciais, voltados para pontos específicos que necessitem maior prática.

Para a representante da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica, Sílvia Chada, a campanha de publicidade feita pela Eletronuclear não explica nada à população. “A única coisa que eles evidenciam na propaganda é a data. Não mencionam nenhuma vez a palavra usina nuclear, muito menos explicam o que é e para que é o raio do exercício”, comentou ela.

Ainda segundo Chada, a Eletronuclear não trabalha com a concepção de risco na comunicação com os moradores ou nos exercícios. “A Eletronuclear trabalha na lógica de que a energia nuclear é absolutamente segura, então a população não adquire essa percepção de risco, que é fundamental para uma situação de acidente. Eles fazem esses simulados, pois são obrigados por lei”, comentou. “Então, é um grande engodo”, concluiu.

O assessor da presidência da Eletronuclear, almirante Wilson Montalvão, informou que as críticas sobre a campanha são bem-vindas, mas que muitos elogios foram feitos às peças publicitárias. “É importante saber como nossas informações estão chegando ao público em geral, dessa forma temos condições de melhorar e aperfeiçoar as informações que prestamos”, comentou ele. “Por outro lado, temos recebido uma série de informações de que os exercícios estão sendo bem divulgados. Mas gostamos sempre de ouvir o outro lado”, disse ele.

O almirante acrescentou que ao longo do ano são feitas ações rotineiras nas escolas e nas comunidades, com distribuição de calendário sobre as atividades do complexo. Ele destacou também que a questão do risco e da segurança são prioridades da Eletronuclear, que sempre expõe os riscos da atividade a quem visita o local.

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