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Uruguai vê Copa como impulso para desenvolvimento turístico

A proximidade do Uruguai com as cidades-sede da Copa supuseram um "horizonte quase infinito" para aumentar a chegada de turistas e a entrada de divisas

 Punta del Este, no Uruguai: turistas "podem ir a várias das sedes onde serão jogadas as partidas do Mundial e retornar no mesmo dia", assegurou Mier (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 15h22.

Montevidéu - A Copa do Mundo de 2014 representa um impulso para o desenvolvimento turístico do Uruguai e, perante a previsível chegada de milhares de visitantes para o evento, as autoridades estão impulsionando um programa de promoção junto com Argentina e Brasil, comentaram nesta quinta-feira representantes do setor.

A proximidade do Uruguai com as cidades-sede da Copa supuseram um "horizonte quase infinito" para aumentar a chegada de turistas e a entrada de divisas, destacou hoje à Agência Efe o presidente da câmara Uruguaiana de Turismo, Luis Borsari.

No mesmo sentido, o Governo do pequeno país sul-americano vê o futebol como "identidade nacional no Uruguai" e "muito importante para a promoção da marca país", segundo destacou nesta semana em entrevista à Agência Efe a ministra de Turismo e Esporte, Liliam Kechichián.

Como exemplo, a ministra ressaltou que depois da boa atuação da seleção celeste na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, onde terminou na quarta colocação, as buscas sobre o Uruguai no Google "aumentaram 3.000%".

Durante o mês do Mundial, desde meados de junho de 2014, o foco "não estará somente no Brasil, mas também na região e queremos aproveitá-lo", acrescentou.

Liliam revelou que, por isso, as autoridades uruguaias estão trabalhando com seus similares do Brasil e Argentina para se promover "como atrativo regional".

A ideia é que os turistas que chegam de longe para o Mundial de futebol do Brasil "visitem, além disso, Buenos Aires, Montevidéu ou Punta del Este", o famoso balneário situado a 140 quilômetros da capital uruguaia.


A ministra afirmou que "vem estudado" que os torcedores das seleções que vão sendo eliminadas durante o desenvolvimento do campeonato "começam a circular pelos países mais próximos porque associam uma viagem longa com a possibilidade de conhecer a região".

Além disso, "temos que aproveitar" que a seleção uruguaia tem "jogadores com muito bom marketing na Europa, como Luis Suárez (goleador do Liverpool) e Edinson Cavani (que brilha no Paris Saint Germain)", acrescentou Kechichián.

No mundo anualmente 1 bilhão de pessoas fazem turismo e delas, 2,6% (26 milhões) visitam a América Latina na atualidade, detalhou, por seu lado, Borsari.

No ano de 2014, espera-se que pelo Mundial, antes, durante e depois do torneio, o segundo número suba consideravelmente e possa passar a 30, 35 milhões de pessoas "ou inclusive mais".

Borsari elogiou a recente criação da câmara de Turismo da América Latina, que trabalha "para aumentar o turismo de toda a região com promoções conjuntas".

"Estamos somando e alargando a quantidade de países participantes e o Mundial também pode colaborar nesse propósito", assinalou.

Além disso, Borsari indicou que "é preciso olhar um pouco mais a longo prazo", já que em 2016 o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos, "outra festa do esporte mundial e onde Uruguai "também pode ser beneficiado com a chegada de milhares de visitantes", disse.

Liliam explicou que seu Ministério já tem "pedidos concretos" das delegações de atletismo e natação da Rússia que participarão das Olimpíadas para fazer sua pré-temporada no Uruguai.

Fernando Mier, gerente da Associação de Hotéis e Restaurantes do Uruguai, afirmou que o país "pode ser uma boa alternativa" para alojar milhares de turistas que chegarão à região para "viver" a Copa do Mundo de futebol.

"Temos informações de que os preços dos hotéis no Brasil estão extremamente altos e vão seguir subindo pela demanda crescente", advertiu.

Os "pacotes turísticos" que são vendidos atualmente no Brasil para as primeiras fases do Mundial "tem um custo de US$ 15 mil a US$ 20 mil" por hotelaria, alimentação parcial e alguns passeios, enquanto se alojar no Uruguai "pode ser muito mais barato", estimou.

O empresário recalcou que a conexão aérea "é muito boa" e "inclusive se pode viajar de carro ou também em ônibus".

As estradas entre ambos os países "estão bem" e a Copa do Mundo oferece "uma boa oportunidade" para que departamentos uruguaios limítrofes com o Brasil, como Artigas, Rivera ou Rocha, "que além disso têm boa hotelaria" possam "oferecer seus serviços e receber muitos seguidores de diferentes seleções".

Tomando como base Uruguai, esses turistas "podem ir a várias das sedes onde serão jogadas as partidas do Mundial e retornar no mesmo dia, e em caso de cidades mais distantes, no dia seguinte", assegurou Mier.

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Montevidéu - A Copa do Mundo de 2014 representa um impulso para o desenvolvimento turístico do Uruguai e, perante a previsível chegada de milhares de visitantes para o evento, as autoridades estão impulsionando um programa de promoção junto com Argentina e Brasil, comentaram nesta quinta-feira representantes do setor.

A proximidade do Uruguai com as cidades-sede da Copa supuseram um "horizonte quase infinito" para aumentar a chegada de turistas e a entrada de divisas, destacou hoje à Agência Efe o presidente da câmara Uruguaiana de Turismo, Luis Borsari.

No mesmo sentido, o Governo do pequeno país sul-americano vê o futebol como "identidade nacional no Uruguai" e "muito importante para a promoção da marca país", segundo destacou nesta semana em entrevista à Agência Efe a ministra de Turismo e Esporte, Liliam Kechichián.

Como exemplo, a ministra ressaltou que depois da boa atuação da seleção celeste na Copa do Mundo da África do Sul, em 2010, onde terminou na quarta colocação, as buscas sobre o Uruguai no Google "aumentaram 3.000%".

Durante o mês do Mundial, desde meados de junho de 2014, o foco "não estará somente no Brasil, mas também na região e queremos aproveitá-lo", acrescentou.

Liliam revelou que, por isso, as autoridades uruguaias estão trabalhando com seus similares do Brasil e Argentina para se promover "como atrativo regional".

A ideia é que os turistas que chegam de longe para o Mundial de futebol do Brasil "visitem, além disso, Buenos Aires, Montevidéu ou Punta del Este", o famoso balneário situado a 140 quilômetros da capital uruguaia.


A ministra afirmou que "vem estudado" que os torcedores das seleções que vão sendo eliminadas durante o desenvolvimento do campeonato "começam a circular pelos países mais próximos porque associam uma viagem longa com a possibilidade de conhecer a região".

Além disso, "temos que aproveitar" que a seleção uruguaia tem "jogadores com muito bom marketing na Europa, como Luis Suárez (goleador do Liverpool) e Edinson Cavani (que brilha no Paris Saint Germain)", acrescentou Kechichián.

No mundo anualmente 1 bilhão de pessoas fazem turismo e delas, 2,6% (26 milhões) visitam a América Latina na atualidade, detalhou, por seu lado, Borsari.

No ano de 2014, espera-se que pelo Mundial, antes, durante e depois do torneio, o segundo número suba consideravelmente e possa passar a 30, 35 milhões de pessoas "ou inclusive mais".

Borsari elogiou a recente criação da câmara de Turismo da América Latina, que trabalha "para aumentar o turismo de toda a região com promoções conjuntas".

"Estamos somando e alargando a quantidade de países participantes e o Mundial também pode colaborar nesse propósito", assinalou.

Além disso, Borsari indicou que "é preciso olhar um pouco mais a longo prazo", já que em 2016 o Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos, "outra festa do esporte mundial e onde Uruguai "também pode ser beneficiado com a chegada de milhares de visitantes", disse.

Liliam explicou que seu Ministério já tem "pedidos concretos" das delegações de atletismo e natação da Rússia que participarão das Olimpíadas para fazer sua pré-temporada no Uruguai.

Fernando Mier, gerente da Associação de Hotéis e Restaurantes do Uruguai, afirmou que o país "pode ser uma boa alternativa" para alojar milhares de turistas que chegarão à região para "viver" a Copa do Mundo de futebol.

"Temos informações de que os preços dos hotéis no Brasil estão extremamente altos e vão seguir subindo pela demanda crescente", advertiu.

Os "pacotes turísticos" que são vendidos atualmente no Brasil para as primeiras fases do Mundial "tem um custo de US$ 15 mil a US$ 20 mil" por hotelaria, alimentação parcial e alguns passeios, enquanto se alojar no Uruguai "pode ser muito mais barato", estimou.

O empresário recalcou que a conexão aérea "é muito boa" e "inclusive se pode viajar de carro ou também em ônibus".

As estradas entre ambos os países "estão bem" e a Copa do Mundo oferece "uma boa oportunidade" para que departamentos uruguaios limítrofes com o Brasil, como Artigas, Rivera ou Rocha, "que além disso têm boa hotelaria" possam "oferecer seus serviços e receber muitos seguidores de diferentes seleções".

Tomando como base Uruguai, esses turistas "podem ir a várias das sedes onde serão jogadas as partidas do Mundial e retornar no mesmo dia, e em caso de cidades mais distantes, no dia seguinte", assegurou Mier.

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