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Uruguai é modelo de respeito aos direitos trabalhistas

Estudo mostra que o Uruguai está entre os países que mais respeitam os direitos dos trabalhadores

Uruguai: estudo se baseia nos relatórios sobre violações dos direitos trabalhistas (Matt Rubens/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 10h04.

Berlim - O Uruguai está entre os países que mais respeitam os direitos dos trabalhadores, enquanto o Brasil está entre os que têm falhas na legislação trabalhista, aponta um estudo da Confederação Internacional de Sindicados (CSI).

O relatório, apresentado no congresso mundial da CSI, que acontece nesta semana Berlim, situa o Uruguai no grupo 1 da classificação, que reúne os passes nos quais "os trabalhadores podem se sindicalizar livremente e defender seus direitos de maneira coletiva contra o governo e as empresas".

O país sul-americano é classificado no mesmo grupo de países como a Noruega, a Dinamarca, a Alemanha, a Finlândia e a Suécia, onde os trabalhadores podem conseguir melhoras em sua situação através da legislação coletiva.

A Espanha, junto com Bósnia-Herzegovina, Angola, Japão, Hungria e a República Dominicana está no grupo 2, no qual estão emoldurados países nos quais a situação é ligeiramente pior que no grupo anterior.

O Brasil, a Bolívia, o Chile, o Equador e a Venezuela estão no grupo 3, o dos países com brechas na legislação.

Já Argentina, El Salvador, México, Panamá e Peru ficam se equadram no grupo 4, o dos países onde os trabalhadores denunciaram violações sistemáticas de seus direitos e nos quais, pela atitude atual de governos e empresas, se consideram em perigo os direitos fundamentais.

A esse grupo pertencem países tão diferentes entre si como os Estados Unidos e Haiti.

Colômbia e Guatemala, por outro lado, são classificados no grupo 5, que abrange os países onde, embora a legislação enumere uma série de direitos, os trabalhadores carecem efetivamente de acesso a eles e estão portanto expostos a regimes autocráticos e a práticas trabalhistas injustas.

No mesmo grupo - que segundo o estudo agrupa a "os piores países do mundo para trabalhar" - estão classificados países como Camboja e Bangladesh.

O estudo se baseia nos relatórios sobre violações dos direitos trabalhistas realizados entre abril de 2013 e março de 2014 em 139 países, levando em conta 97 indicadores e com especial atenção ao direito à liberdade sindical, o direito à negociação coletiva e o direito de greve

A cautela toma conta do cenário projetado para este ano por executivos latino-americanos. Com resultados no ano passado abaixo do esperado, a previsão para 2014 não é lá das mais promissoras, sobretudo em termos de oportunidades profissionais. Esta é a conclusão do PageGroup a partir do estudo “Perspectivas Econômicas e Profissionais da América Latina para 2014”, feito com 614 representantes de empresas que possuem sedes na América Latina: México, Colômbia, Chile, Argentina e Brasil. No entanto, mesmo com menos investimentos, há setores que se sobressaem e que devem receber mais recursos para contratações . Para alguns profissionais que atuam em áreas estratégicas, há mais possibilidades de crescimento nos cinco países citados na pesquisa . Confira as áreas das empresas latino-americanas que mais devem abrir novas oportunidades de carreira para os profissionais, de acordo com seus representantes:
  • 2. Operações

    2 /7(Getty Images)

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    Quem disse que vai contratar: 71% dos argentinos, 67% dos brasileiros, 65% dos chilenos, 58% dos colombianos e 58% dos mexicanos. Por que está em alta: “As empresas estão focadas na melhoria de suas esquipes operações para lidar com os gargalos de produção, transporte e distribuição. Já faz tempo que tem demanda porque faltam profissionais qualificados”, diz João Nunes, diretor da Michael Page. Ele explica que toda a América Latina tem problemas de infraestrutura. “Isso tem a ver não só com a carência técnica, mas também com as regras de cada país, como as dificuldades de importação, por exemplo”, diz Nunes. Profissionais que se destacam: engenheiros, profissionais de logística que migraram para a área de gestão de operações.
  • 3. Vendas

    3 /7(Getty Images)

  • Quem disse que vai contratar: 65% dos mexicanos, 54% dos chilenos, 50% dos colombianos, 42% dos brasileiros e 29% dos argentinos. Por que está em alta: Independente do ciclo há demanda. “É uma área que sempre contrata. Quando o mercado vai bem o objetivo é ter bons vendedores e expandir vendas. Quando mercado vai mal, objetivo é ter bons profissionais e conseguir alavancar resultados”, explica o diretor da Michael Page. No Brasil, a necessidade é puxada pelas empresas internacionais que estão desembarcando por aqui. “México, Colômbia e Chile são países em crescimento rápido por isso há demanda”, explica Nunes. Profissionais que se destacam: vendedores nas áreas de bens de consumo, bens de capital e tecnologia.
  • 4. Finanças

    4 /7(Ken Funakoshi/Flickr/Creative Commons)

    Quem disse que vai contratar: 29% dos argentinos e 25% dos brasileiros. Por que está em alta: No Brasil, a atenção das empresas está voltada para controle de custos e maior controle dos negócios, segundo Nunes. “Já se enxerga a grande responsabilidade da área de finanças na estratégia de negócios das empresas. Profissionais de finanças participam das etapas de elaboração do plano de negócios como planejamento, investimento, receita, controle de custos”, diz o diretor da Michael Page. Na Argentina, Nunes destaca  a necessidade é de controle contabilístico. Profissionais que se destacam: No Brasil o cargo que mais se sobressai é o de controller e na Argentina são os profissionais das áreas fiscal e contábil.
  • 5. Tecnologia

    5 /7(Reprodução/Neuwald)

    Quem disse que vai contratar: 22% dos mexicanos, 17% dos colombianos. Por que está em alta: as palavras de ordem no setor de TI são integração e proteção de informações. “Está havendo investimentos nessas áreas”, diz Nunes, que destaca também o crescimento na adoção do trabalho em esquema de home office. Profissionais que se destacam: especialistas em implementação de sistemas e profissionais de segurança. Analistas de negócios também estão sendo disputados, segundo Nunes. “É o profissional que faz a ponte entre a área de TI e a área de negócios”, explica.
  • 6. Marketing

    6 /7(Getty Images)

    Quem disse que vai contratar: 26% dos chilenos, 22% dos mexicanos e 17% dos colombianos. Por que está em alta: “Marketing digital vai continuar em crescimento, com criações de campanhas online e atenção às redes sociais”, diz Nunes. No México, a entrada de empresas no país também puxa a demanda. “ é um mercado que esteve retraído e agora empresas multinacionais estão investindo lá, e quando uma companhia chega em um país os primeiros investimentos são em marketing e distribuição. Profissionais que se destacam: gerentes de marketing digital que tenham boa capacidade de criação e também de execução, diz o diretor da Michael Page
  • 7. Agora, veja as profissões em alta no Brasil

    7 /7(Getty Images)

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