O trabalho, que durou dez anos, permite observar a degradação em alguns desses lugares históricos, como as ilhas Galápagos (Equador), ameaçadas pelo turismo (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2011 às 11h11.
Paris - As minas de salitre de Humberstone e Santa Laura no deserto chileno de Atacama e a jazida arqueológica de Chan Chan no Peru são alguns dos patrimônios da humanidade em perigo que um projeto da Unesco apresentado nesta quarta-feira fotografou do espaço em alta resolução.
Na lista de lugares em perigo figuram também o Parque Nacional Los Katios, na Colômbia, a cidade de Coro e seu porto, na Venezuela, e a barreira de coral de Belize, todos eles retratados no Atlas do Patrimônio da Humanidade em Perigo, graças à colaboração do Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGC, na sigla em inglês).
A diretora geral da Unesco, Irina Bokova, destacou a importância do projeto, que é 'um alerta para todos os desafios que a humanidade enfrenta' quanto à conservação de seu patrimônio histórico e natural.
Irina se referiu, concretamente, aos males causados por uma urbanização descontrolada, o desmatamento, a poluição, o turismo excessivo e as guerras, que estão afetando o Patrimônio Mundial, especialmente nos 31 lugares catalogados como de maior perigo.
Os saques, os desastres naturais, a extinção de espécies animais e a falta de controle governamental são outros dos problemas que mais contribuíram para danificar esses patrimônios, localizados em 25 países.
O trabalho, que durou dez anos, permite observar a degradação em alguns desses lugares históricos, como a cidade iraniana de Bam, arrasada após um terremoto em 2003, ou as ilhas Galápagos (Equador), ameaçadas pelo turismo, que no entanto saíram da lista da Unesco de 2010.
Um dos países mais afetados é a República Democrática do Congo, com cinco reservas naturais em perigo incluídas na lista do Patrimônio Mundial, principalmente devido ao desmatamento, à caça furtiva e à extração de recursos naturais.
Os resultados da pesquisa serão publicados em forma de livro, e a Unesco prevê que no futuro os conteúdos possam ser consultados pela internet.