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Unaids: casos de Aids caíram cerca de 20% em dez anos

Epidemia do vírus HIV alcançou sua maior marca em 1999

Setor de preservativos em farmácia: em 2009, 2,6 milhões de pessoas contraíram o HIV (Jay Directo/AFP)

Setor de preservativos em farmácia: em 2009, 2,6 milhões de pessoas contraíram o HIV (Jay Directo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 19h21.

Genebra - O número de novas infecções de Aids prosseguiu em queda no mundo em 2009, ano em que 2,6 milhões de pessoas contraíram o vírus HIV, e a redução chegou a quase 20% em 10 anos, informa o relatório anual da Unaids.

Quase 30 milhões de pessoas morreram vítimas da Aids desde o surgimento da doença e 60 milhões foram infectadas, explica o documento do programa de combate à epidemia da ONU, redigido em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Desde 1999 - ano em que a epidemia teria alcançado o teto - o número de novas infecções no mundo caiu 19%, chegando a 2,6 milhões em 2009", afirma o documento.

"Podemos estar orgulhosos destes avanços e do que nos reserva o futuro comum", destaca o diretor executivo da Unaids, Michel Sidibé, citado no informe.

Outros avanços estão por chegar, prevê Sidibé.

"Dentro da revolução da prevenção, esboçamos progressos decisivos graças aos testes de um novo gel microbicida, que despertam esperanças para toda uma geração de mulheres", afirmou.


Os resultados dos testes do gel microbicida realizados pelo centro Caprisa na África do Sul e publicados em Viena em julho, na 18ª conferência mundial sobre a Aids, abrem a possibilidade de contar com um novo instrumento para controlar a epidemia.

A ampliação do acesso ao tratamento também é fonte de progresso. Em 2009, 5,2 milhões de pessoas que moravam em países pobres ou intermediários tinham acesso ao tratamento antirretroviral, contra 700.000 em 2004.

"Mas não podemos declarar vitória ainda. Em 2009, o crescimento dos investimentos na luta contra a Aids foi congelado pela primeira vez", adverte Sidibé.

No total, 15,9 bilhões de euros foram disponibilizados ao combate à doença em 2009. Para 2010 são necessários 10 bilhões a mais, segundo a Unaids.

Por região, a África subsaariana é a mais afetada, com 67% da pessoas infectadas pelo HIV e 72% das mortes provocadas pela Aids em 2009.

A Suazilândia permaneceu como o país mais infectado do mundo, com 25,9% de prevalência do HIV entre a população adulta.

Mas entre os cinco países da África subsaariana com grande nível de epidemia, quatro (África do Sul, Etiópia, Zâmbia e Zimbábue) reduziram as infecções em mais de 25% entre 2001 e 2009, enquanto a Nigéria estabilizou a epidemia.

Na Ásia, a epidemia de HIV permanece estável, com 4,9 milhões de pessoas com o vírus, número que não mudou em quase cinco anos, graças aos esforços de prevenção da transmissão mãe-filho.

Mas as tendências gerais ocultam variações importantes na região asiática. Na China, por exemplo, cinco das 22 províncias do país têm 53% das pessoas que vivem com Aids.

Na Europa oriental e na Ásia central, o número de novas infecções (1,4 milhão) triplicou entre 2000 e 2009. Rússia e Ucrânia concentram quase 90% dos novos casos.

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