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Um milhão de venezuelanos saem do país pela Colômbia

Número considera apenas migrações verificadas nos pontos oficiais, segundo autoridades colombianas

Venezuelanos: cerca de 37 mil pessoas cruzam a fronteira colombiana todos os dias, segundo diretor de saúde da Cruz Vermelha (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Venezuelanos: cerca de 37 mil pessoas cruzam a fronteira colombiana todos os dias, segundo diretor de saúde da Cruz Vermelha (Jaime Saldarriaga/Reuters)

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AFP

Publicado em 9 de maio de 2018 às 15h52.

Cerca de 1 milhão de venezuelanos entraram na Colômbia desde meados de 2017 para fugir da crise em seu país, indicou à AFP uma autoridade da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

"Até o momento, sabemos que cerca de um milhão de pessoas entraram na Colômbia por meio de pontos de migração oficiais, e não sabemos quantos entraram por pontos não oficiais", afirmou o diretor de Saúde da Cruz Vermelha, Emanuele Capobianco, afirmando que esses deslocamentos ocorreram "desde meados de 2017".

Nem todas essas pessoas, no entanto, permaneceram na Colômbia. Algumas voltaram à Venezuela, enquanto outras foram para outros países da região.

À medida que a crise na Venezuela se agrava, com escassez de alimentos e remédios e hiperinflação, os movimentos populacionais aumentam.

Cerca de 37.000 pessoas cruzam a fronteira colombiana todos os dias, de acordo com Capobianco.

Durante uma recente viagem à região, ele testemunhou um "fluxo constante de pessoas" deixando a Venezuela, algumas carregando seus pertences nas costas.

É uma "crise humanitária que precisa ser melhor avaliada", disse, explicando que há um aumento nos casos de malária, difteria e outras doenças graves entre os imigrantes.

A Venezuela está mergulhada em uma crise política e econômica desde o início de 2016.

Os Estados Unidos, que já adotaram sanções contra empresas sediadas na Venezuela, disseram na terça-feira que pretendem isolar ainda mais o país até que o presidente Nicolas Maduro deixe o poder.

Maduro se prepara para disputar outro mandato presidencial na eleição de 20 de maio, boicotada pela oposição e cujas modalidades são criticadas por grande parte da comunidade internacional.

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