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Um encontro de dois vizinhos

O Palácio San Martín, na Argentina, foi um destino disputado nas relações internacionais sulamericanas esta semana. Depois da reunião com os chanceleres do Mercosul, que teve direito à invasão da ministra venezuelana, é a vez de a presidente chilena Michelle Bachelet visitar o presidente argentino Mauricio Macri. Bachelet vai à Argentina com uma comitiva de […]

ARGENTINA: a presidente chilena Michelle Bachelet chega hoje a Buenos Aires para discutir relações bilaterais entre os dois países / Mario Tama/Getty Images

ARGENTINA: a presidente chilena Michelle Bachelet chega hoje a Buenos Aires para discutir relações bilaterais entre os dois países / Mario Tama/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 05h37.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h41.

O Palácio San Martín, na Argentina, foi um destino disputado nas relações internacionais sulamericanas esta semana. Depois da reunião com os chanceleres do Mercosul, que teve direito à invasão da ministra venezuelana, é a vez de a presidente chilena Michelle Bachelet visitar o presidente argentino Mauricio Macri. Bachelet vai à Argentina com uma comitiva de ministros para tratar das relações bilaterais entre os dois países.

O encontro é a continuação de uma série de reuniões realizadas para tratar a fronteira comum entre os países. A construção do túnel Água Negra, que atravesserá 14km da Cordilheira dos Andes, é um dos principais pontos de discussão. A ideia é que o túnel seja construído nos próximos 10 anos e ligue os dois países em qualquer época do ano. O custo previsto é de 1,5 bilhão de dólares e o projeto está em processo de licitação.

Além disso, uma agenda de compromissos bilaterais válidos até 2030 está na mesa para discussão. A questão é importante para a Argentina, que tem no Chile um dos principais parceiros de negócios: as duas nações têm trocas em torno de 2,85 bilhões de dólares.

 A presidente Michelle Bachelet deixa o mandato no ano que vem. O país deve crescer 1,6% este ano, com 7% de desemprego e inflação abaixo dos dois 2%. Bem melhor que o desempenho de Macri, que verá a economia argentina encolher 2,2% e tem taxas de inflação acima dos 40% em seu primeiro ano no cargo. A Nueva Mayoria, coalização que elegeu Bachelet, espera emplacar um novo nome no governo, mas tudo é incerto. Do outro lado da fronteira, Macri se depara com eleições parlamentares, que podem reduzir ainda mais a participação do governo no congresso — atualmente a situação detém 17 das 72 cadeiras no Senado, e 87 dos 257 assentos na Câmara. O encontro de hoje prenuncia um 2017 tumultuado nos dois vizinhos. 

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