Forte onda de calor levou milhares de britânicos às praias este ano (Hannah McKay/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de setembro de 2020 às 15h37.
Última atualização em 8 de setembro de 2020 às 15h53.
Fatores ambientais, como poluição atmosférica e ondas de calor intensificadas pelas mudanças climáticas, contribuem para cerca de 13% de todas as mortes na Europa, disse a Agência Europeia do Ambiente (AEA) nesta terça-feira, dia 8.
Um total de 630 mil óbitos nos 27 países da União Europeia e o Reino Unido foram atribuídos a fatores ambientais em 2012, o ano mais recente com dados disponíveis, disse a AEA em um relatório.
"Estas mortes são evitáveis e podem ser reduzidas significativamente por meio de esforços para melhorar a qualidade ambiental", explicou.
A poluição atmosférica é o maior risco ambiental na Europa, contribuindo para mais de 400 mil mortes prematuras a cada ano.
A exposição prolongada a poluentes pode causar diabetes, doenças pulmonares e câncer, e indícios precoces levam a crer que a poluição atmosférica pode estar ligada a taxas de óbito maiores entre pacientes de covid-19.
Os níveis de poluição europeus despencaram durante os isolamentos impostos em reação à pandemia de coronavírus, mas se acredita que a queda será temporária, e a maioria dos países do bloco dificilmente cumprirá suas metas de corte de poluentes atmosféricos na próxima década.
A AEA disse que a pandemia de coronavírus ressaltou a conexão entre o meio ambiente e a saúde humana, demonstrando o risco crescente de transmissão de doenças de animais para humanos em resultado da degradação ambiental e da produção de carne.
"A covid-19 foi mais um despertar, tornando-nos agudamente cientes do relacionamento entre nossos ecossistemas e nossa saúde", disse a chefe de saúde da UE, Stella Kyriakides, em um comunicado.