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Um ano após plebiscito, Catalunha registra nova onda de protestos

Estradas e linhas ferroviárias foram bloqueadas e milhares de estudantes protestam em Barcelona pela independência da Catalunha

Barcelona: um grupo separatista invadiu o escritório da delegação do governo central em Girona (Enrique Calvo/Reuters)

Barcelona: um grupo separatista invadiu o escritório da delegação do governo central em Girona (Enrique Calvo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 11h34.

Última atualização em 1 de outubro de 2018 às 11h35.

Girona - Milhares de estudantes fazem manifestações no centro de Barcelona para marcar o aniversário de um plebiscito sobre a independência na Catalunha, que foi proibido por autoridades espanholas. Os estudantes andam pelas ruas da cidade e carregam uma faixa que diz que "Não esqueceremos nem iremos perdoar", além de gritarem palavras de ordem em apoio à independência da região.

Pessoas em toda a Catalunha também realizaram um minuto de silêncio por volta das 7h (de Brasília) para marcar o aniversário da votação e chamar a atenção para a violência que a polícia usou para impedir a realização do plebiscito, que havia sido proibido pelos tribunais espanhóis. Ativistas separatistas bloquearam estradas e linhas ferroviárias, com um grupo invadindo escritórios da delegação do governo central em Girona e derrubando a bandeira nacional da Espanha.

O líder separatista e ex-presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, disse que as pessoas na região devem permanecer unidas em seu objetivo de se afastar da Espanha. "Não nos afastemos da única maneira possível de viver em plena democracia: a República e seu reconhecimento internacional", afirmou Puigdemont em uma mensagem de vídeo compartilhada nas redes sociais.

Puigdemont fugiu para a Bélgica dois dias depois de uma declaração de independência ter sido aprovada no Parlamento regional catalão no fim de outubro do ano passado. Desde então, ele transformou uma acusação da Suprema Corte espanhola contra ele em uma plataforma para defender os direitos da autodeterminação na Europa.

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