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Último dia de negociações entre EUA e Irã tem clima positivo

As negociações entre americanos e iranianos sobre o programa nuclear de Teerã transcorriam em um clima positivo, segundo representante do país árabe

Representante do Irã, Abas Araghchi (C): "são necessários muitos esforços" (Dieter Nagl/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 13h26.

Genebra - As negociações entre americanos e iranianos desde ontem em Genebra sobre o programa nuclear de Teerã transcorriam em um clima positivo, segundo o chefe dos negociadores do Irã , o vice-ministro das Relações Exteriores, Abas Araghchi.

O Irã fará o que puder para alcançar um acordo com as grandes potências sobre seu polêmico programa nuclear, afirmou, por sua vez, o presidente iraniano Hassan Rohani , em Ancara.

"O Irã demonstrou que realiza um programa nuclear com fins pacíficos. Fará o que puder para alcançar um acordo final com o grupo 5+1", integrado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, declarou Rohani em seu segundo dia de visita à Turquia.

"O Irã está disposto a sentar à mesa de negociações para conseguir uma solução", indicou o presidente iraniano, que recordou o acordo provisório fechado em Genebra e reiterou a denúncia de "sanções injustas" impostas pelos ocidentais contra Teerã.

Teerã e o grupo 5+1 assinaram um acordo provisório em novembro de 2013 e esperam fechar um acordo final (antes de 20 de julho) que garanta o caráter pacífico do programa nuclear iraniano e a suspensão das sanções internacionais contra o país.

Para isso, a delegação americana e iraniana iniciaram nesta terça-feira seu segundo e último dia de negociações.

Desde a ruptura há 35 anos de suas relações diplomáticas, depois do sequestro na embaixada americana em Teerã, os dois países se sentam para negociar oficialmente pela primeira vez, apesar de, em 2013, realizarem discussões secretas durante meses em Omã.

A reunião de Genebra, à qual a imprensa não tem acesso, gera polêmica tanto nos Estados Unidos, pois é criticada pelos os defensores de Israel, como no Irã, onde a aproximação com Washington é mal vista por uma parte do parlamento.


"Apesar das diferenças de opinião no Parlamento, a Câmara apoia globalmente o caminho seguido durante as conversações nucleares visando a proteção dos direitos dos iranianos e da pesquisa pacífica dos cientistas", destacou o presidente do Parlamento e ex-negociador nuclear, Ali Larijani, citado pela agência Irna.

Portas fechadas

Os temas discutidos na segunda-feira, primeiro dia das negociações, não foram revelados por nenhuma das partes.

"São necessários muitos esforços para aproximar os pontos de vista", alertou Araghchi antes da reunião, destacando a expectativa de seu país de ter discussões diretas e separadas com os americanos.

Ele expressou a esperança de seguir em frente, apesar de 10 anos de crise sobre o programa nuclear do Irã e dos 35 anos de ruptura das relações diplomáticas entre os dois países.

O encontro contou com a participação de Helga Schmid, adjunta da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton.

O acordo provisório de seis meses entre o Irã e as grandes potências chega ao fim em 20 de julho. Em princípio, ele deve levar a um acordo permanente, se as partes chegarem a um consenso nas negociações em Viena. As discussões devem ser retomadas entre 16 e 20 de junho.

Após a reunião de Genebra, um encontro com representantes da Rússia será realizado em Roma na quarta e na quinta-feira.

O Irã irá, provavelmente, manter discussões bilaterais com as delegações da França e da Alemanha antes da reunião de Viena, segundo o vice-ministro.

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Genebra - As negociações entre americanos e iranianos desde ontem em Genebra sobre o programa nuclear de Teerã transcorriam em um clima positivo, segundo o chefe dos negociadores do Irã , o vice-ministro das Relações Exteriores, Abas Araghchi.

O Irã fará o que puder para alcançar um acordo com as grandes potências sobre seu polêmico programa nuclear, afirmou, por sua vez, o presidente iraniano Hassan Rohani , em Ancara.

"O Irã demonstrou que realiza um programa nuclear com fins pacíficos. Fará o que puder para alcançar um acordo final com o grupo 5+1", integrado por China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, declarou Rohani em seu segundo dia de visita à Turquia.

"O Irã está disposto a sentar à mesa de negociações para conseguir uma solução", indicou o presidente iraniano, que recordou o acordo provisório fechado em Genebra e reiterou a denúncia de "sanções injustas" impostas pelos ocidentais contra Teerã.

Teerã e o grupo 5+1 assinaram um acordo provisório em novembro de 2013 e esperam fechar um acordo final (antes de 20 de julho) que garanta o caráter pacífico do programa nuclear iraniano e a suspensão das sanções internacionais contra o país.

Para isso, a delegação americana e iraniana iniciaram nesta terça-feira seu segundo e último dia de negociações.

Desde a ruptura há 35 anos de suas relações diplomáticas, depois do sequestro na embaixada americana em Teerã, os dois países se sentam para negociar oficialmente pela primeira vez, apesar de, em 2013, realizarem discussões secretas durante meses em Omã.

A reunião de Genebra, à qual a imprensa não tem acesso, gera polêmica tanto nos Estados Unidos, pois é criticada pelos os defensores de Israel, como no Irã, onde a aproximação com Washington é mal vista por uma parte do parlamento.


"Apesar das diferenças de opinião no Parlamento, a Câmara apoia globalmente o caminho seguido durante as conversações nucleares visando a proteção dos direitos dos iranianos e da pesquisa pacífica dos cientistas", destacou o presidente do Parlamento e ex-negociador nuclear, Ali Larijani, citado pela agência Irna.

Portas fechadas

Os temas discutidos na segunda-feira, primeiro dia das negociações, não foram revelados por nenhuma das partes.

"São necessários muitos esforços para aproximar os pontos de vista", alertou Araghchi antes da reunião, destacando a expectativa de seu país de ter discussões diretas e separadas com os americanos.

Ele expressou a esperança de seguir em frente, apesar de 10 anos de crise sobre o programa nuclear do Irã e dos 35 anos de ruptura das relações diplomáticas entre os dois países.

O encontro contou com a participação de Helga Schmid, adjunta da chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton.

O acordo provisório de seis meses entre o Irã e as grandes potências chega ao fim em 20 de julho. Em princípio, ele deve levar a um acordo permanente, se as partes chegarem a um consenso nas negociações em Viena. As discussões devem ser retomadas entre 16 e 20 de junho.

Após a reunião de Genebra, um encontro com representantes da Rússia será realizado em Roma na quarta e na quinta-feira.

O Irã irá, provavelmente, manter discussões bilaterais com as delegações da França e da Alemanha antes da reunião de Viena, segundo o vice-ministro.

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