Mundo

UE quer aplicar direito de ser esquecido na Web global

Autoridades de defesa da privacidade querem que sites de busca como Google e Bing, da Microsoft, apaguem resultados globalmente, não apenas na Europa


	Google: questão de até onde levar o "direito a ser esquecido" tem dividido especialistas e reguladores de privacidade
 (Georges Gobet/AFP)

Google: questão de até onde levar o "direito a ser esquecido" tem dividido especialistas e reguladores de privacidade (Georges Gobet/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 13h56.

Bruxelas - Autoridades europeias de defesa da privacidade querem que sites de busca como Google e Bing, da Microsoft, apaguem resultados globalmente, não apenas na Europa, quando pessoas evocarem o "direito a ser esquecido", como decidido por um tribunal da União Europeia.

Os reguladores de privacidade da União Europeia entraram em acordo sobre um conjunto de diretrizes nesta quarta-feira que os ajudará a implementar a decisão da mais alta corte da Europa, que deu às pessoas o direito de pedir aos sites de busca que removam informações pessoais que sejam "inadequadas, irrelevantes ou não mais relevantes".

O Google, que domina as buscas na Internet na Europa, tem apagado resultados apenas das versões europeias de seu site, como o Google.de, na Alemanha, ou o Google.fr, na França, o que significa que eles ainda aparecem no Google.com.

"A partir da análise jurídica e técnica que estamos fazendo, eles devem incluir o '.com'", disse a diretora do regulador francês de privacidade, Isabelle Falque-Pierrotin, em coletiva de imprensa.

Um porta-voz do Google não foi encontrado de imediato para comentar. A companhia disse anteriormente que acredita que os resultados de buscas só devem ser removidos de suas versões europeias, uma vez que o Google automaticamente redireciona as pessoas às versões locais de seu site de busca.

A questão de até onde levar o "direito a ser esquecido" tem dividido especialistas e reguladores de privacidade, com alguns argumentando que a abordagem atual do Google dilui a eficácia da decisão, tendo em vista a facilidade em se alternar para diferentes versões nacionais. A decisão desta quarta-feira representa outro revés para o Google, que enfrenta várias investigações acerca de sua política de privacidade e se vê em meio a um inquérito antitruste da UE que já dura quatro anos.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleInternetPrivacidadeTecnologia da informação

Mais de Mundo

Macron afirma a Milei que França não assinará acordo entre UE e Mercosul

Sánchez apoiará Lula no G20 por um imposto global sobre grandes fortunas

Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA para atacar Rússia, diz agência

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute