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UE pede reforma na Ucrânia e fim de intimidação da oposição

Representante da União Europeia considerou necessárias medidas urgentes para reformar a Constituição ucraniana e parar a intimidação da oposição


	Manequim com máscara de gás em barricada de Kiev, na Ucrânia: movimento de contestação nasceu no final de novembro
 (David Mdzinarishvili/Reuters)

Manequim com máscara de gás em barricada de Kiev, na Ucrânia: movimento de contestação nasceu no final de novembro (David Mdzinarishvili/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 13h53.

Kiev - O comissário europeu para a Ampliação da União Europeia, Stefan Füle, considerou nesta quinta-feira em Kiev serem necessárias medidas urgentes para reformar a Constituição ucraniana e parar a "intimidação" da oposição.

"Ressalto a necessidade de medidas urgentes para realizar uma reforma constitucional e formar um novo governo que associe todos os atores ​​presentes, garantindo futuras eleições livres e justas", declarou Füle durante coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, e representantes da oposição.

"Destaquei a importância da confiança para o processo político. Esta confiança não pode ser alcançada enquanto houver prisões, intimidações e assédio aos manifestantes", acrescentou.

Quando perguntado sobre uma possível assistência financeira da UE para a Ucrânia, Füle se recusou a dizer qual seria o montante, observando que haveria condições para tal ajuda.

"Com relação à ajuda financeira, sim, ela está sujeita a condições que são completamente transparentes: trata-se de reformas, reformas, reformas. A ajuda está ligada às reformas, não com o acordo de associação com a UE" , insistiu.

O movimento de contestação nasceu no final de novembro, após a decisão de Yanukovich de renunciar à assinatura de um acordo de parceria com a UE, negociado durante meses, optando por uma aproximação com a Rússia, que lhe concedeu um empréstimo de 15 bilhões de dólares e uma redução do preço do gás.

Até o momento, a Rússia transferiu apenas 3 bilhões de dólares para a Ucrânia. O restante da ajuda de Moscou depende dos desenvolvimentos políticos em Kiev, em particular a orientação do próximo governo.

As potências ocidentais anunciaram a elaboração de uma proposta de assistência financeira à Ucrânia. No entanto, de acordo com diplomatas ocidentais, esta ajuda poderia não chegar perto da proposta russa.

Fontes ocidentais indicaram que o apoio financeiro ocidental está sujeito a uma recuperação econômica do país, por meio do Fundo Monetário Internacional.

Kiev chegou a rejeitar no passado as rigorosas condições do FMI.

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