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UE pede explicações a Obama sobre injeção de 600 bilhões do Fed

Presidente da Comissão Européia adota tom conciliador e quer ouvir versão de Obama para a medida polêmica

Cúpula do G20: Barroso acha que é bom momento de Obama explicar medida do Fed (Getty Images)

Cúpula do G20: Barroso acha que é bom momento de Obama explicar medida do Fed (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 11h34.

Seul, 11 nov (EFE).- Os líderes da União Europeia pediram nesta quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aproveite sua presença em Seul para explicar ao resto do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), a polêmica injeção monetária de US$ 600 bilhões aprovada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).

"É muito importante ouvirmos o que Obama tem a dizer a respeito para que possamos entender melhor a decisão do Fed", explicou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, em coletiva em Seul junto do presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy.

A expansão monetária dos EUA se transformou num dos eixos de discussão nos dias que antecederam à cúpula de chefes de Estado e de Governo, que começou nesta quinta-feira em Seul.

Os países do G20, especialmente os emergentes, criticaram a medida de desvalorização do dólar, enquanto os EUA acusavam países como China de estar desvalorizando sua moeda.

Os países emergentes também acreditam que a injeção em massa do dinheiro provocará uma corrente incomum de fluxos de capital em direção a suas economias.

Barroso afirmou que a presença de Obama na cúpula é uma boa ocasião para explicar a medida, e com um tom mais conciliador, esclareceu que o crescimento dos Estados Unidos é um interesse de todos os países.

Por sua vez, Rompuy declarou que as taxas de câmbio devem refletir os indicadores fundamentais de cada economia e apontou que a balança de conta corrente de cada país deve ser tomada como um sinal de alerta.

Por outro lado, os responsáveis da União Europeia pediram ao G20 que enfrentem os desequilíbrios que existem atualmente entre os países ricos e os emergentes.

"Temos que enfrentar os desequilíbrios com uma postura decisiva", apontou Herman van Rompuy.

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