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UE 'não tem tempo a perder' afirma presidente da Comissão Europeia ao apresentar nova equipe

Ursula von der Leyen foi reeleita para o cargo em julho e em setembro disse que equipe seria composta por 40% de mulheres

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante discurso (Valeria Mongelli/Bloomberg/Getty Images)

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, durante discurso (Valeria Mongelli/Bloomberg/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 08h55.

Última atualização em 27 de novembro de 2024 às 10h30.

A União Europeia (UE) "não tem tempo a perder" para reforçar sua defesa e sua economia, afirmou nesta quarta-feira, 27, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao apresentar sua equipe ao plenário do Parlamento Europeu.

Os eurodeputados se reúnem nesta quarta-feira para aprovar a equipe de 26 comissários e comissárias que acompanharão Von der Leyen na nova Comissão Europeia, que deve iniciar sua gestão na próxima semana.

"Não temos tempo a perder e devemos ser tão ambiciosos quanto as ameaças são graves", disse Von der Leyen ao plenário em Estrasburgo, França.

"A segurança europeia será sempre uma prioridade para esta Comissão", acrescentou.

A guerra, disse Von der Leyen, está nas "fronteiras da Europa e devemos estar preparados para o que nos aguarda".

A dirigente alemã destacou que a liberdade e a soberania do bloco europeu dependem "mais do que nunca" da sua força econômica.

A definição dos integrantes da Comissão havia sido bloqueada na semana passada, mas um acordo entre os três principais blocos políticos acabou com o impasse e abriu caminho para a sessão desta quarta-feira.

A aprovação legislativa permitirá que a equipe presidida por Von der Leyen inicie um mandato de cinco anos.

Um acordo entre o Partido Popular Europeu (PPE, direita), os Socialistas e Democratas (S&D, centro-esquerda) e o Renew (liberais centristas) preparou o cenário para a aprovação dos 26 comissários e comissárias.

Além disso, o acordo compromete o PPE a permanecer na aliança, um pilar fundamental dos grandes acordos no Parlamento Europeu, e impede que o partido busque constituir maioria com a extrema direita.

O processo foi obstruído pelas objeções do S&D e do Renew à nomeação do italiano Rafaelle Fitto, do partido de extrema direita Irmãos de Itália, como um dos vice-presidentes da Comissão.

Em contrapartida, o PPE expressou oposição à designação da socialista espanhola Teresa Ribera como primeira vice-presidente, o que deixou o processo em um impasse.

Mas Von der Leyen tinha pressa em conseguir a confirmação de sua equipe, já que a UE busca desesperadamente definir um plano para enfrentar os desafios geopolíticos que o bloco tem pela frente.

Desafios

O mais urgente é representado pelo retorno de Donald Trump à Casa Branca e a possibilidade de tensões comerciais.

A Comissão também deve elaborar um plano coletivo para administrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito no Oriente Médio e as crescentes tensões comerciais com a China.

Para a sueca Ylva Johansson, que deixará o cargo de comissária europeia para a Migração, a nova equipe da Comissão enfrentará "mais ameaças", mas é um grupo mais "operacional" que aquele que iniciou o mandato em jornada em 2019 e termina agora sua gestão.

A direita controlará que 15 das 26 pastas da Comissão. Para o alemão Manfred Weber, presidente do PPE, o bloco majoritário no Parlamento Europeu, trata-se de uma equipe "muito equilibrada".

Weber, no entanto, recebeu fortes críticas por sua disposição de estabelecer uma aproximação com os partidos de extrema direita no Parlamento em busca de apoio.

Nesta quarta-feira, a líder do bloco S&D, a espanhola Iraxte García, advertiu que "os acordos devem ser cumpridos". O apoio social-democrata ao acordo com a direita e os centristas "não é um cheque em branco", acrescentou.

A designação do ultradireitista Fitto continua sendo uma ferida aberta e, apesar do acordo entre os três blocos, não estão descartadas deserções durante a votação de quarta-feira.

O eurodeputado social-democrata francês Raphael Glucksmann disse que "uma linha vermelha" foi cruzada com a aprovação de Fitto como vice-presidente.

Da mesma forma, legisladores conservadores espanhóis insinuaram que não votarão a favor da aprovação de Ribera.

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