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UE insiste na necessidade de ampliar fundo de resgate

Comissão Europeia quer aumentar os recursos para garantir "a estabilidade da zona do euro"

Sede do BCE: banco central está comprando bônus da dívida de países com problemas (Daniel Roland/AFP)

Sede do BCE: banco central está comprando bônus da dívida de países com problemas (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 12h16.

Bruxelas - A Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia) ressaltou nesta quinta-feira que é "crucial" e "essencial" reforçar o fundo de resgate para países da zona do euro com problemas de financiamento, segundo o porta-voz Amadeu Altafaj.

Com isso, o porta-voz mostrou sua oposição à intenção de deputados alemães de aprovar uma resolução que proíba ampliar as funções do fundo de resgate, como a compra de bônus de dívida dos países com problemas, como está fazendo agora o Banco Central Europeu (BCE).

Altafaj evitou fazer comentários explícitos sobre o debate aberto na Alemanha, mas ressaltou que o fortalecimento do fundo de resgate "é um elemento essencial da resposta global à crise" para que seja "consistente" e garanta "a estabilidade da zona do euro em seu conjunto".

"Achamos que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) deveria ser reforçado em sua capacidade efetiva de empréstimos e também na categoria de diferentes atividades que poderia realizar para responder aos diferentes desafios", declarou o porta-voz.

O fundo de resgate foi aprovado em maio de 2010 para socorrer os países que pudessem apresentar problemas de financiamento, mas foi rapidamente questionado pelos investidores devido ao tamanho das economias em risco e à capacidade de financiamento do mesmo.

Os líderes da UE chegaram a um acordo em 4 de fevereiro para fazer o necessário para aumentar a eficácia do fundo mediante um aumento de sua capacidade real de empréstimos e de suas funções, mas distintas vozes alemãs argumentaram que não isso é urgente, pois os mercados de dívida estariam mais calmos.

Além disso, a Alemanha - principal contribuinte do fundo - pediu a seus parceiros que cheguem a um acordo sobre uma série de medidas para aumentar a competitividade da região e fazer suas economias convergirem como condição para aceitar a ampliação do fundo.

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