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UE e Otan anunciam cooperação para proteger infraestrutura essencial

A iniciativa é lançada um dia depois de Otan e UE terem firmado um acordo conjunto para fortalecer a cooperação entre as organizações

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Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 10h05.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a União Europeia (UE) anunciaram nesta quarta-feira (11) a criação de um "grupo de trabalho conjunto" para reforçar a proteção de infraestruturas primordiais consideradas críticas, ante a possibilidade de sabotagem.

A iniciativa é lançada um dia depois de Otan e UE terem firmado um acordo conjunto para fortalecer a cooperação entre as organizações.

O anúncio foi feito pouco antes do início da reunião entre o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e os comissários que compõem a Comissão Europeia, braço executivo da organização.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, confirmou que o grupo de trabalho vai reunir especialistas para avaliar as vulnerabilidades da infraestrutura essencial na região.

No ano passado, houve uma grande sabotagem nas tubulações do sistema de gasoduto Nord Stream, e o plano é prevenir novos casos.

"Devemos estar preparados para enfrentar esse novo tipo de ameaça", disse Von der Leyen em um breve comunicado com Stoltenberg.

O secretário-geral da Otan estabeleceu que as partes "querem ver, juntas, como tornar nossa infraestrutura crítica, tecnologia e cadeias de suprimentos mais resistentes", acrescentando que "será um passo importante para tornar nossas sociedades mais fortes e seguras".

Com esse acordo, as duas entidades esperam levar sua parceria para o "próximo nível", além de terem se comprometido a intensificar o apoio à Ucrânia na luta para repelir a invasão das forças russas em seu território.

No final de setembro passado, foram descobertos quatro grandes vazamentos de gás em dois oleodutos Nord Stream na ilha dinamarquesa de Bornholm. Institutos sísmicos chegaram a registrar duas explosões subaquáticas pouco antes.

As autoridades dinamarquesas e suecas confirmaram que os vazamentos foram resultado de uma sabotagem, e especialistas disseram que apenas um Estado tem meios para realizar tal operação. As investigações não identificaram o responsável pelo ato.

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