Bruxelas - A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira que congelou por um ano os ativos de 18 funcionários ucranianos supostamente responsáveis por desvio de fundos públicos durante a presidência de Viktor Yanukovich, entre os quais está incluído o próprio ex-governante.

"Foram identificadas 18 pessoas responsáveis pelos desvios e seus ativos serão congelados por um ano dentro da União Europeia", informou o Conselho da UE em um comunicado.

Acrescentou que "as sanções também contêm disposições destinadas a facilitar a recuperação desses fundos".

Os nomes dos afetados e a lista com os desvios serão divulgados amanhã pelo Diário Oficial da União Europeia.

Yanukovich, destituído em 22 de fevereiro após três meses de manifestações opositoras, é um dos 18 sancionados, segundo confirmaram fontes diplomáticas.

Os embaixadores do Comitê Político e de Segurança da União Europeia (COPS) definiram ontem as medidas, que hoje foram oficialmente aprovadas.

Os ministros de Relações Exteriores da UE lembraram na segunda-feira em sua reunião extraordinária as conclusões que chegaram em 20 de fevereiro, em sua primeira reunião sobre a crise ucraniana.

Entre as decisões, estava a rápida adoção de sanções contra funcionários do governo de Yanukovich.

Concretamente, a UE decidiu elaborar uma lista de pessoas ligadas ao ex-presidente ucraniano e identificadas como responsáveis por malversação de fundos públicos, com o objetivo de congelar e recuperar seus ativos.

A UE também pretende congelar os bens das pessoas responsáveis por violações de direitos humanos durante os recentes distúrbios na Ucrânia, mas por enquanto o texto legal da medida não foi finalizado.

*Atualizada às 14h19 do dia 05/03/2014