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UE cogita prorrogação "flexível" de até 1 ano para o Brexit

Enquanto tenta convencer o parlamento,Theresa May enviou uma carta ao presidente do Conselho Europeu para pedir mais tempo

brexit (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 5 de abril de 2019 às 09h06.

Última atualização em 5 de abril de 2019 às 09h06.

BRUXELAS — O presidente da cúpula de líderes da União Europeia, Donald Tusk, provavelmente oferecerá ao Reino Unido uma prorrogação flexível de até um ano para a data da saída do país da UE, com a possibilidade de uma partida mais cedo, disse uma autoridade de alto escalão do bloco.

A autoridade disse que a opção pode ser apresentada à primeira-ministra britânica, Theresa May, na cúpula da UE sobre o Brexit no dia 10 de abril em Bruxelas. Se May aceitar, o Reino Unido teria que realizar eleições para o Parlamento Europeu em maio, segundo a autoridade.

"A única saída sensata seria uma prorrogação longa, mas flexível", disse o funcionário.

"Poderíamos dar ao Reino Unido uma prorrogação de um ano, encerrada automaticamente uma vez que o Acordo de Saída tenha sido aceito e ratificado pela Câmara dos Comuns".

"E mesmo se isso não fosse possível, o Reino Unido ainda teria tempo suficiente para repensar sua estratégia do Brexit. Uma prorrogação curta, se possível, e uma longa se necessário. Parece ser um bom cenário para os dois lados, já que dá ao Reino Unido toda a flexibilidade necessária e evita a necessidade de se reunir a cada poucas semanas para voltar a debater prorrogações do Brexit", disse.

A Comissão Europeia, que vem conduzindo as negociações da UE a respeito do Brexit com Londres, não quis comentar um novo adiamento possível da desfiliação britânica.

"O único jogo na cidade é o Conselho Europeu, que começará na quarta-feira às 18h", disse o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas, referindo-se à cúpula de líderes da UE sobre o Brexit de 10 de abril.

"É uma questão hipotética, porque presume que existe uma prorrogação, o que nossos líderes ainda estão para ver", disse Schinas em referência ao fato de que os 27 líderes nacionais de países da UE que permanecerão juntos após o Brexit precisam endossar unanimemente qualquer novo adiamento do Brexit para o Reino Unido.

Com dificuldades em aprovar seu acordo de saída do bloco — que normatiza todo o processo — a primeira ministra britânica, Theresa May, tem apelo por prorrogações no prazo. Nesta quinta-feira, May enviou uma carta de 10 parágrafos ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

As negociações entre o governo britânico e a oposição trabalhista com o objetivo de alcançar um acordo para o Brexit que seja aprovado pela União Europeia não têm um limite de duração, disse o porta-voz da primeira-ministra Theresa May, nesta sexta-feira.

"A premiê disse que deseja que essas conversas ocorram com senso de urgência, acho que vocês viram isso até agora, mas eu não acho que a primeira-ministra tenha dado um prazo final em relação a quando as negociações terminam. Estamos obviamente focados em obter um resultado positivo", disse o porta-voz.

O processo de encontrar uma proposta com os trabalhistas está em andamento, mas as negociações desta sexta-feira seriam entre os membros individuais das equipes de negociação, e não no modelo de reuniões completas que aconteceram nos dias anteriores, disse.

Zona do euro começa a se prevenir

Os países da zona do euro adotaram medidas para se prepararem a um Brexit sem acordo, mas ainda esperam que esse cenário não ocorra, afirmou nesta sexta-feira o presidente dos ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo.

Mario Centeno disse em entrevista à imprensa em Bucareste que a União Europeia e seus membros adotaram medidas de contingência que cobrem todas as atividades sistêmicas para reduzir a turbulência do mercado no caso de um Brexit duro, em que o Reino Unido deixaria o bloco sem um acordo.

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