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UE alerta para aumento de substâncias que imitam drogas

Segundo a agência de drogas do bloco, essas substâncias muitas vezes são vendidas de maneira legal, sem que sua composição química real seja conhecida

Drogas apreendidas: o órgão descartou que possa haver uma alta do consumo destas substâncias em função do aumento do desemprego juvenil e da crise (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 11h56.

Lisboa - A agência de drogas da União Europeia (UE) alertou em seu ultimo relatório anual sobre a evolução "muito rápida" de substâncias que imitam entorpecentes tradicionais e que muitas vezes são vendidas de maneira legal, sem que sua composição química real seja conhecida.

O relatório do Observatório Europeu de Droga e Toxicomanias (OEDT) divulgado nesta terça-feira advertiu sobre este "novo problema" e alertou que o mercado de entorpecentes está "mais fluído e dinâmico", com a internet representando desafios "cada vez maiores".

O organismo, com sede em Lisboa, apontou que enquanto o consumo de cocaína e heroína segue em queda e o de maconha se mantém, em 2013 se detectou em média a aparição de uma dessas novas substâncias psicotrópicas a cada semana.

Essas drogas mudam tão rapidamente como seus fabricadores e costumam ser vendidas no mercado ilegal. No entanto, por seu difícil controle, muitas vezes são distribuídas de forma mais aberta e até mesmo legalmente.

Estas novas drogas podem provocar um salto no consumo, como é o caso da mefedrona, conhecida como "miau miau" e vendida livremente em alguns países europeus como fertilizantes vegetal até 2011.


A maioria destes produtos são misturas baseadas em substâncias procedentes da cannabis e outros grupos químicos "menos conhecidos e mais obscuros", segundo o documento, que reconheceu a falta de dados farmacológicos e toxicológicos precisos.

Apesar das dificuldades para conhecer a composição das substâncias, o organismo frisou que existem cada vez mais dados que comprovam que seu uso causa problemas para a saúde e que se registraram inclusive casos de morte associada ao consumo.

Outro aspecto apontado pelo relatório foi a facilidade de difusão que as drogas ganharam com a internet. Segundo o OEDT, a rede mundial cria uma nova relação entre o consumo e a oferta de drogas com a proliferação de provedores no varejo.

Em relação às drogas mais tradicionais, a agência reiterou os padrões dos últimos anos, com um alto mas estável consumo de maconha frente à tendência decrescente de uso de heroína e cocaína.

O OEDT descartou que possa haver uma alta do consumo destas substâncias em função do aumento do desemprego juvenil, da crise econômica e dos cortes em serviços públicos.

Como novidade, a agência alertou para uma maior diversidade de produtos procedentes da cannabis, com a proliferação cada vez maior de variedades de "alta potência" e produtos sintéticos similares.

Sobre a heroína, o consumo se concentra principalmente em pessoas mais velhas e se observa uma redução de infecções de HIV causadas pelo uso droga.

Entre as drogas sintéticas, a anfetamina e o êxtase são as mais consumidas, embora esta tenha perdido popularidade. EFE

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Lisboa - A agência de drogas da União Europeia (UE) alertou em seu ultimo relatório anual sobre a evolução "muito rápida" de substâncias que imitam entorpecentes tradicionais e que muitas vezes são vendidas de maneira legal, sem que sua composição química real seja conhecida.

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O organismo, com sede em Lisboa, apontou que enquanto o consumo de cocaína e heroína segue em queda e o de maconha se mantém, em 2013 se detectou em média a aparição de uma dessas novas substâncias psicotrópicas a cada semana.

Essas drogas mudam tão rapidamente como seus fabricadores e costumam ser vendidas no mercado ilegal. No entanto, por seu difícil controle, muitas vezes são distribuídas de forma mais aberta e até mesmo legalmente.

Estas novas drogas podem provocar um salto no consumo, como é o caso da mefedrona, conhecida como "miau miau" e vendida livremente em alguns países europeus como fertilizantes vegetal até 2011.


A maioria destes produtos são misturas baseadas em substâncias procedentes da cannabis e outros grupos químicos "menos conhecidos e mais obscuros", segundo o documento, que reconheceu a falta de dados farmacológicos e toxicológicos precisos.

Apesar das dificuldades para conhecer a composição das substâncias, o organismo frisou que existem cada vez mais dados que comprovam que seu uso causa problemas para a saúde e que se registraram inclusive casos de morte associada ao consumo.

Outro aspecto apontado pelo relatório foi a facilidade de difusão que as drogas ganharam com a internet. Segundo o OEDT, a rede mundial cria uma nova relação entre o consumo e a oferta de drogas com a proliferação de provedores no varejo.

Em relação às drogas mais tradicionais, a agência reiterou os padrões dos últimos anos, com um alto mas estável consumo de maconha frente à tendência decrescente de uso de heroína e cocaína.

O OEDT descartou que possa haver uma alta do consumo destas substâncias em função do aumento do desemprego juvenil, da crise econômica e dos cortes em serviços públicos.

Como novidade, a agência alertou para uma maior diversidade de produtos procedentes da cannabis, com a proliferação cada vez maior de variedades de "alta potência" e produtos sintéticos similares.

Sobre a heroína, o consumo se concentra principalmente em pessoas mais velhas e se observa uma redução de infecções de HIV causadas pelo uso droga.

Entre as drogas sintéticas, a anfetamina e o êxtase são as mais consumidas, embora esta tenha perdido popularidade. EFE

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