Mundo

UE adia para dezembro reforço do fundo de resgate europeu

Sobre a mesa, segue a opção de comparecer ao investimento externo para reforçar o fundo de resgate

O componente de condições atuais declinou a menos 11,75 neste mês, comparado a menos 5,75 antes (Ralph Orlowski/Getty Images)

O componente de condições atuais declinou a menos 11,75 neste mês, comparado a menos 5,75 antes (Ralph Orlowski/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h52.

Bruxelas - O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, anunciou nesta segunda-feira que os países membros não concluirão o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) até dezembro, embora a medida seja considerada uma necessidade urgente para combater o risco de contágio da crise a estados como Espanha e Itália.

Em entrevista coletiva, Juncker informou que os ministros da zona do euro não aprovarão as diretrizes para aumentar a capacidade do fundo de resgate até o final de novembro, o que atrasará a aplicação até dezembro.

Em 26 de outubro, os líderes da zona do euro já solicitaram a seus ministros que concluíssem em novembro o trabalho para elevar a capacidade do fundo de resgate até 1 trilhão de euros, frente aos 440 bilhões de euros de dotação atual, quantidade que é insuficiente para fazer frente a um hipotético resgate de economias grandes como a italiana e a espanhola.

Sobre a mesa, segue a opção de comparecer ao investimento externo para reforçar o fundo de resgate, apesar de que os países emergentes se mostraram reticentes a colaborar na recente cúpula do G20, em Cannes.

A ideia consiste em criar um fundo de co-investimento para facilitar o financiamento a países que tenham assinado um memorando de entendimento e tenham se comprometido a cumprir certas condições.

Esse fundo, ao contar com o respaldo do FEEF e do Fundo Monetário Internacional, reduzindo assim os riscos de possíveis perdas, atrairia o investimento externo em bônus soberanos no mercado primário e secundário.


O presidente do FEEF, Klaus Regling, distribuiu um documento para explicar as duas opções de ampliação em fundo que ainda estão em consideração, das quais a segunda consiste em garantir uma percentagem das perdas que os investidores em dívida soberana de países expostos às pressões dos mercados poderiam ter.

Segundo esse modelo, um país poderia emitir bônus de dívida soberana respaldados por um certificado adjunto com o mesmo prazo de vencimento.

Ambos os produtos seriam adquiridos pelos investidores como um só pacote, embora ainda não tenha sido decidido se o certificado, que garante a recuperação de uma percentagem ainda por determinar do bônus de dívida em caso de falta de pagamento, poderia ser comercializado de maneira independente após sua emissão.

'As duas opções ampliam a capacidade do fundo sem aumentar as garantias que devem ser fornecidas pelos Estados membros', disse Regling em entrevista coletiva, ao término da reunião do Eurogrupo em Bruxelas, nesta segunda.

O presidente do FEEF explicou ainda que os dois planos poderiam ser combinados e que de qualquer forma representam 'um apoio imediato e crível'.

O documento detalha, no entanto, que a decisão sobre a fórmula de reforço só poderá ser adotada após uma consulta às agências de qualificação e aos potenciais investidores, e não descarta que seja desenhada uma solução específica adaptada ao Estado membro beneficiado. EFE

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaCrise gregaEuropaGréciaPiigsUnião Europeia

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal