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Ucrânia insiste em necessidade de poder lançar ataques “sistemáticos” ao território russo

Declaração foi feita pelo assessor presidencial Mykhailo Podolyak no X, depois do país de não ter uma decisão favorável de seus parceiros na cúpula da Otan

O Conselheiro do Chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, fala durante o Fórum 'Ucrânia: Ano 2024', Kiev ( Kaniuka Ruslan / Ukrinform/Future Publishing via /Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 12h41.

A Ucrânia insistiu nesta sexta-feira na necessidade de seus aliados permitirem que o país ataque sistematicamente alvos militares e estratégicos dentro do território da Rússia, depois de não ter conseguido obter uma decisão favorável de seus parceiros na cúpula da Otan concluída na quinta-feira em Washington.

"É claro que não estamos falando em atacar por atacar de maneira simbólica, exemplar e isolada", escreveu em sua conta na rede social X o assessor presidencial Mykhailo Podolyak, que geralmente se posiciona sobre questões ou circunstâncias sobre as quais o presidente Volodymyr Zelensky não fala diretamente.

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De acordo com o assessor presidencial ucraniano, a Ucrânia precisa da possibilidade de destruir "sistematicamente" a infraestrutura militar ou a infraestrutura relacionada ao esforço de guerra russo.

Entre os alvos prioritários, Podolyak mencionou as bases aéreas onde está localizada a aviação estratégica russa, de onde são lançados os mísseis contra o território ucraniano.

O assessor de Zelensky também citou ataques à infraestrutura de produção militar russa como prioridade.

"A estratégia correta envolve enfraquecer a Rússia de três maneiras: aumentando o custo da guerra, destruindo a logística e atrasando o fornecimento de recursos para o campo de batalha e, em geral, reduzindo os recursos" disponíveis para a Rússia, analisou.

A Ucrânia pede a seus aliados permissão para atacar alvos militares e estratégicos em todo o território russo para enfraquecer a máquina de guerra russa e neutralizar alguns dos ataques na origem.

Em meados de junho, Kiev recebeu permissão de alguns de seus aliados para atacar determinados alvos próximos à fronteira, mas a maioria dos governos da coalizão que apoia a Ucrânia continua a impor limitações rigorosas ao uso de suas armas em território inimigo.

"Se quisermos vencer, se quisermos prevalecer, se quisermos salvar nosso país e defendê-lo, precisamos suspender todas (as limitações)", declarou Zelensky em entrevista coletiva conjunta com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, à margem da cúpula da Otan em Washington.

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