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Ucrânia envia forças especiais para controlar Odessa

Decisão é tomada após falha da polícia local em conter separatistas pró-Rússia durante um fim de semana em que a violência deixou dezenas de mortos

Pessoas pró-Rússia gritam slogans em Odessa: violência na cidade portuária com uma ampla mistura étnica de russos, ucranianos, georgianos e tártaros, é vista como um sinal de alerta por Kiev (Gleb Garanich/Reuters)

Pessoas pró-Rússia gritam slogans em Odessa: violência na cidade portuária com uma ampla mistura étnica de russos, ucranianos, georgianos e tártaros, é vista como um sinal de alerta por Kiev (Gleb Garanich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 10h29.

Odessa - O ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, disse nesta segunda-feira ter destacado uma nova unidade de operações especiais para a cidade portuária de Odessa, no sul do país, após uma "ultrajante" falha da polícia local em conter separatistas pró-Rússia durante um fim de semana em que a violência deixou dezenas de mortos.

Os confrontos continuavam na cidade de Slaviansk, na região leste, onde tropas ucranianas tentam abrir caminho para uma operação com o objetivo de reprimir a rebelião pró-Rússia. Um correspondente da Reuters disse que a troca de tiros se aproximava do centro da cidade.

A violência em Odessa, cidade portuária a sudoeste com uma ampla mistura étnica de russos, ucranianos, georgianos e tártaros, é vista como um sinal de alerta por Kiev; um aviso de que a ameaça de rebelião se espalha para além do leste russófono.

O ministro do Interior, Arsen Avakov, disse que a nova força enviada a Odessa é formada por "ativistas civis que querem ajudar a cidade no Mar Negro nesses dias difíceis". Toda a liderança da polícia local foi exonerada e pode ser submetida a ações criminais.

"A polícia em Odessa agiu de maneira ultrajante, possivelmente de modo criminoso", disse Avakov em sua conta no Facebook.

Líderes ucranianos vêm deixando claro que consideram as forças policias de amplas áreas do país como pouco confiáveis na luta contra a rebelião, que dizem ser apoiada por Moscou e liderada em solo por forças especiais russas. As unidades a que Avakov se referiu foram formadas em parte por contingentes que se revoltaram contra Yanukovich no início do ano.

Isso pode alimentar o descontentamento entre opositores do governo, que acusam os atuais dirigentes de promover grupos militantes "fascistas", tais como o Setor Direita, que participou do levante em Kiev durante o inverno.

A perda do controle de Odessa seria um grande golpe econômico e político para Kiev, que acusa Moscou de conspirar para desmembrar a Ucrânia, um país do tamanho da França.

Odessa, cidade de 1 milhão de habitantes, com uma rica história como importante passagem cosmopolita no sul durante o império dos czars, tem dois portos, incluindo um terminal petrolífero, e é um importante entroncamento de transportes.

A ira demonstrada pelo governo em Kiev nesta segunda-feira se deve a uma decisão da polícia de Odessa de libertar 67 militantes pró-Rússia que cercaram e invadiram uma delegacia no domingo.

Uma multidão de centenas de pessoas gritavam "Odessa é uma cidade russa!" O russo é a língua mãe da maioria dos habitantes da cidade.

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