Mundo

Ucrânia avança contra rebeldes antes de reunião em Berlim

Ucrânia, Rússia, Alemanha e França se preparavam para uma reunião de ministros a fim de tentar controlar a crise no leste do país


	Petro Poroshenko: presidente ucraniano se recusou a renovar o cessar-fogo na segunda-feira à noite
 (Patrick Hertzog/AFP)

Petro Poroshenko: presidente ucraniano se recusou a renovar o cessar-fogo na segunda-feira à noite (Patrick Hertzog/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2014 às 11h16.

Kiev - Forças do governo ucraniano prosseguiram com uma ofensiva militar contra separatistas nesta quarta-feira, à medida que <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/ucrania">Ucrânia</a></strong>, <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/russia">Rússia</a></strong>, Alemanha e França se preparavam para uma reunião de ministros a fim de tentar controlar a crise no leste do país.</p>

Rebeldes lançaram foguetes e conseguiram danificar um avião de ataque SU-24, disse um porta-voz militar, e um guarda de fronteira da Ucrânia foi morto por um ataque de morteiro em seu posto na divisa com a Rússia.

“As forças armadas e a Guarda Nacional estão prosseguindo com a ofensiva contra terroristas e criminosos. As ações de nossos militares são eficazes e estão dando resultados”, disse o presidente do Parlamento, Oleksander Turchynov.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, sob pressão interna para adotar uma linha dura contra separatistas que têm combatido as forças do governo desde abril, se recusou a renovar o cessar-fogo na segunda-feira à noite, e ordenou uma ofensiva do governo para “responder aos terroristas, militantes e saqueadores”.

A medida teve apoio dos Estados Unidos, mas foi criticada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que disse que o recém-eleito líder ucraniano se desviou do caminho para a paz.

O levante separatista ganhou força no leste ucraniano, de língua russa, em abril, quando rebeldes tomaram prédios e pontos estratégicos na região, declarando “repúblicas populares” e dizendo que queriam a união com a Rússia.

Até 30 de junho um total de 191 ucranianos das forças de segurança tinham sido mortos, incluindo 145 soldados, disse nesta quarta-feira Andriy Lytsenko, porta-voz do conselho nacional de segurança e defesa.

Centenas de civis e rebeldes também foram mortos.

Em uma nova tentativa de tentar estancar a crise, que resultou no pior embate entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria, ministros das Relações Exteriores da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França tinham planos de se reunir em Berlim nesta quarta-feira. Diplomatas alertaram contra expectativas de algum avanço.

“Não há um objetivo preciso. É uma oportunidade para trabalhar em esforços de paz, mas não queremos criar expectativas”, disse uma fonte diplomática francesa na terça-feira.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, apoiou a ideia da reunião com seus colegas francês, Laurent Fabius, e ucraniano, Pavlo Klimkin, durante uma conversa por telefone com o ministro alemão Frank-Walter Steinmeier na noite de terça-feira, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Poroshenko, que acusa a Rússia de atiçar o conflito e permitir que combatentes e equipamentos cruzem a fronteira para apoiar seus rivais, não renovou um cessar-fogo unilateral que já durava 10 dias.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrises em empresasEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua