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Turquia institui toque de recolher após protestos

Manifestantes curdos realizaram protestos em várias cidades da Europa, pedindo ajuda mais efetiva do continente para combater o avanço do Estado Islâmico

Curdos batalham na Turquia: protestos ocorreram em ao menos 6 cidades do país nesta terça (Umit Bektas/Reuters)

Curdos batalham na Turquia: protestos ocorreram em ao menos 6 cidades do país nesta terça (Umit Bektas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 16h53.

Ancara - Autoridades turcas instituíram um toque de recolher em seis cidades na província de Mardin, no sudeste da Turquia, informou a agência de notícias Anadolu. A medida foi tomada após diversas manifestações nesta terça-feira.

Manifestantes curdos realizaram protestos em várias cidades da Europa, pedindo ajuda mais efetiva dos países do continente para combater o avanço do grupo Estado Islâmico contra a cidade síria de Kobani, também chamada de Ayn al-Arab, localizada na fronteira com a Turquia.

Um manifestante curdo morreu ao participar de um confronto com policiais durante um protesto na cidade turca de Varto, segundo informam agências de notícias do país.

Segundo a agência de notícias Dogan, a vítima de 25 anos morreu por um disparo de arma de fogo. Já a agência estatal Anatólia diz que o jovem foi atingido por uma lata de gás lacrimogêneo.

O composto foi utilizado pelas forças policiais, juntamente com canhões d'água, para conter a multidão na cidade de Kucuk Kenderciler, que fica próxima a Kobani, onde os curdos enfrentam o grupo extremista.

Os manifestantes afirmam que as medidas adotadas pelos países europeus para combater o Estado Islâmico não são suficientes, apesar de algumas nações estarem armando os curdos ou bombardeando os extremistas islâmicos.

Alguns chegaram a acusar o governo turco de estar colaborando com os militantes do grupo militante.

As tensões são especialmente fortes na Turquia, onde os curdos há muito vivem em desacordo com as autoridades e onde a violência na Síria tem reflexos importantes.

Protestos ocorreram em ao menos seis cidades do país nesta terça-feira.

Em outros países da Europa, centenas de milhares de curdos se mobilizaram pelas redes sociais para organizar manifestações.

Em Bruxelas, cerca de 50 manifestantes quebraram uma porta de vidro, ultrapassaram a barreira policial e conseguiram entrar no Parlamento Europeu.

Uma vez lá dentro, foram recebidos pelo presidente do Parlamento, Martin Schulz, que prometeu discutir a questão com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e líderes da União Europeia.

Na Alemanha, que possui a maior população curda do oeste europeu, cerca de 600 pessoas protestaram em Berlim. Em Frankfurt, entre 500 e 600 manifestantes marcharam do consulado da Turquia até o consulado dos Estados Unidos.

Os curdos também ocuparam pacificamente o Parlamento holandês por diversas horas na noite de segunda-feira e se encontraram com congressistas para pressionar o governo a tomar mais ações contra os insurgentes islâmicos.

A Holanda já enviou seis jatos F-16 para bombardear tropas do Estado Islâmico no Iraque, mas o governo diz que não prevê a realização de ataques em território sírio.

A França também ataca posições do Estado Islâmico no Iraque, mas não na Síria, com receio das implicações internacionais de uma ação contra o governo do presidente Bashar Assad.

Os curdos protestaram durante a noite de segunda-feira no Parlamento da França e planejavam uma nova manifestação para hoje.

Nesta terça-feira também foram realizadas manifestações de apoio aos curdos na Áustria, Suécia, Finlândia e Noruega. Fonte: Associated Press.

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