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Turquia aprova operações militares no Iraque e na Síria

País tem ainda que definir qual será o papel que pretende ter na coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo extremista sunita Estado Islâmico

Parlamento da Turquia: medida foi aprovada por 298 votos a favor e 98 contra (Umit Bektas/Reuters)

Parlamento da Turquia: medida foi aprovada por 298 votos a favor e 98 contra (Umit Bektas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 15h45.

Ancara - O Parlamento da Turquia aprovou nesta quinta-feira uma moção que dá ao governo novos poderes para lançar incursões militares na Síria e no Iraque e para permitir que forças estrangeiras usem o território turco para possíveis operações contra o grupo Estado Islâmico.

A medida foi aprovada por 298 votos a favor e 98 contra.

A Turquia, que é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e tem um Exército grande e moderno, tem ainda que definir qual será o papel que pretende ter na coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo extremista sunita.

Anteriormente, o Parlamento havia aprovado a realização de operações em territórios iraquiano e sírio para atacar separatistas curdos ou para frustrar ameaças ao regime sírio.

A moção desta quinta-feira permite a expansão desses poderes para enfrentar as ameaças dos militantes do grupo extremista, que controla grande parte dos territórios iraquiano e sírio, em alguns casos nas proximidades com a fronteira da Turquia.

Perguntado que medidas a Turquia adotará após a aprovação da moção, o ministro da Defesa Ismet Yilmaz disse que "não esperamos quaisquer medidas imediatas".

"A moção prepara os fundamentos legais para possíveis intervenções, mas ainda é muito cedo para dizer quais serão essas intervenções", disse Dogu Ergil, professor de Ciência Política e colunista do jornal Today's Zaman.

Ergil disse que a moção pode permitir que combatentes curdos iraquianos, por exemplo, usem o território turco para cruzar em segurança para a Síria para ajudar as forças curdas sírias no país, ou ser a base para o envio de aviões teleguiados (drones) das forças de coalizão.

Fonte: Associated Press.

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