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Turquia acusa ONU de cooperar com terrorismo

A crítica feita pelo ministro turco aconteceu após relatório da ONU denunciar casos de violação de direitos humanos no país

O relatório ignora os efeitos do atentado contra os direitos humanos que o golpe de Estado de 2016 representou, afirmou o comunicado turco (Umit Bektas/Reuters)

O relatório ignora os efeitos do atentado contra os direitos humanos que o golpe de Estado de 2016 representou, afirmou o comunicado turco (Umit Bektas/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de março de 2018 às 09h26.

Última atualização em 20 de março de 2018 às 09h28.

Istambul - O governo da Turquia acusou nesta terça-feira as Nações Unidas de colaborar com organizações terroristas, em reação a um novo relatório da Organização, que denuncia violações de direitos humanos no país.

"Esta pessoa que preside uma instituição internacional cuja importância para todo o mundo é indiscutível deixa a ONU cair em uma situação de cooperação com organizações terroristas", afirma o Ministério das Relações Exteriores da Turquia em comunicado.

Ancara se referiu assim, sem identificá-lo pelo nome, ao alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, o jordaniano Zeid Ra'ad al Hussein, e ao relatório publicado hoje por seu escritório, que condena a manutenção por mais de um ano e meio do estado de emergência após o golpe militar fracassado de julho de 2016 na Turquia.

O relatório denuncia que esse estado de exceção levou a "profundas violações dos direitos humanos" contra centenas de milhares de pessoas, uma acusação que Ancara vê como "inaceitável".

"Este último documento inclui exigências que coincidem plenamente com a propaganda de organizações terroristas. Esta é uma situação inaceitável", diz o comunicado da Chancelaria turca.

"Este relatório ignora totalmente os efeitos do atentado contra os direitos humanos que o golpe de Estado de 15 de julho de 2016 representou, e as graves ameaças que o nosso país enfrenta", acrescenta a nota.

Desde que o governo turco decretou o estado de emergência, em 20 de julho de 2016, mais de 160 mil pessoas foram detidas, das quais pelo menos 50 mil permanecem em prisão preventiva.

Além disso, mais de 152 mil funcionários do governo foram expulsos, detidos ou processados.

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