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Turismo dos EUA quer facilitar entrada de brasileiros

Brasileiros, chineses e indianos estão entre os mais visados pela indústria, diz o relatório da Associação de Viagens dos Estados Unidos

Brasileiros no Universal Studios: em 2009, gasto dos turistas foi de US$ 7,467 bi (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 22h17.

São Paulo - Líderes da indústria de viagem e turismo americanos pediram nesta quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aprove reformas nas leis que regulam a entrada de turistas estrangeiros no país, visando obter, até 2015, 17% dos 61 milhões de turistas que viajam em média por ano a outros países.

Brasileiros, chineses e indianos estão entre os mais visados pela indústria, diz o relatório da Associação de Viagens dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês).

De acordo com as leis que regulam a entrada de turistas no país, pode-se levar seis meses ou mais para brasileiros ou chineses conseguirem vistos para entrar nos Estados Unidos. "Brasil e China são algumas das economias que mais crescem no mundo. Nós não deveríamos trazer essas pessoas para os Estados Unidos?" - perguntou Roger Dow, presidente da USTA.

Dow argumenta que os vistos para os EUA também têm impedido executivos estrangeiros "geradores de receita" de viajar, e algumas grandes conferências ou feiras de negócios que poderiam ser feitas no país têm sido direcionadas para outras regiões para assegurar a presença de todos os participantes.

"Se alguém da Índia quer fazer uma feira de exibição nos Estados Unidos e nós dificultamos e encarecemos isso, é mais um evento que vai para a Alemanha, por exemplo", disse Gary Shapiro, diretor da Associação dos Consumidores de Eletrônicos dos Estados Unidos. "E os alemães estão esperando. Eles mandam inclusive equipes para recrutar expositores internacionais. Isso é guerra econômica e nós estamos fora de combate".

De acordo com o Escritório das Indústrias de Turismo e Viagem dos Estados Unidos, vinculado ao departamento Americano de Comércio, o aumento do número de turistas no país entre 2000 e 2010 foi de apenas 1%, passando de 26 milhões para 26,3 milhões. "Durante o mesmo período, outros países viram aumentos de até 40% no número de visitantes estrangeiros", advertiu Shapiro.

Segundo o Escritório de Contabilidade do Governo americano, o sistema de visto nos EUA mudou devido aos ataques de 11 de setembro de 2001, com o intuito de aumentar a segurança nacional.

O relatório da USTA entregue a Obama pontuou várias medidas que poderiam ser tomadas para aumentar o número de visitantes estrangeiros, como a redução do tempo de espera para a aprovação do visto para até 10 dias e a ampliação do programa de vistos que permite a visitantes de determinados países (entre os quais o Brasil não está incluído) que vêm a negócios entrar no país sem precisar de visto.

Segundo os líderes da indústria de viagens dos Estados Unidos, o atual sistema de vistos é oneroso, especialmente envolvendo brasileiros, chineses e indianos, já que repele os visitantes e acaba com as oportunidades de trabalho criadas pelo turismo no país.

Segundo o relatório, o aumento do número de visitantes nos Estados Unidos poderia ajudar a dobrar as exportações em cinco anos e a criar 1,3 milhão de novos empregos até 2020. Um passo-chave para atingir esse objetivo, aconselha o estudo, é acabar com esse oneroso sistema de vistos.

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São Paulo - Líderes da indústria de viagem e turismo americanos pediram nesta quinta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que aprove reformas nas leis que regulam a entrada de turistas estrangeiros no país, visando obter, até 2015, 17% dos 61 milhões de turistas que viajam em média por ano a outros países.

Brasileiros, chineses e indianos estão entre os mais visados pela indústria, diz o relatório da Associação de Viagens dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês).

De acordo com as leis que regulam a entrada de turistas no país, pode-se levar seis meses ou mais para brasileiros ou chineses conseguirem vistos para entrar nos Estados Unidos. "Brasil e China são algumas das economias que mais crescem no mundo. Nós não deveríamos trazer essas pessoas para os Estados Unidos?" - perguntou Roger Dow, presidente da USTA.

Dow argumenta que os vistos para os EUA também têm impedido executivos estrangeiros "geradores de receita" de viajar, e algumas grandes conferências ou feiras de negócios que poderiam ser feitas no país têm sido direcionadas para outras regiões para assegurar a presença de todos os participantes.

"Se alguém da Índia quer fazer uma feira de exibição nos Estados Unidos e nós dificultamos e encarecemos isso, é mais um evento que vai para a Alemanha, por exemplo", disse Gary Shapiro, diretor da Associação dos Consumidores de Eletrônicos dos Estados Unidos. "E os alemães estão esperando. Eles mandam inclusive equipes para recrutar expositores internacionais. Isso é guerra econômica e nós estamos fora de combate".

De acordo com o Escritório das Indústrias de Turismo e Viagem dos Estados Unidos, vinculado ao departamento Americano de Comércio, o aumento do número de turistas no país entre 2000 e 2010 foi de apenas 1%, passando de 26 milhões para 26,3 milhões. "Durante o mesmo período, outros países viram aumentos de até 40% no número de visitantes estrangeiros", advertiu Shapiro.

Segundo o Escritório de Contabilidade do Governo americano, o sistema de visto nos EUA mudou devido aos ataques de 11 de setembro de 2001, com o intuito de aumentar a segurança nacional.

O relatório da USTA entregue a Obama pontuou várias medidas que poderiam ser tomadas para aumentar o número de visitantes estrangeiros, como a redução do tempo de espera para a aprovação do visto para até 10 dias e a ampliação do programa de vistos que permite a visitantes de determinados países (entre os quais o Brasil não está incluído) que vêm a negócios entrar no país sem precisar de visto.

Segundo os líderes da indústria de viagens dos Estados Unidos, o atual sistema de vistos é oneroso, especialmente envolvendo brasileiros, chineses e indianos, já que repele os visitantes e acaba com as oportunidades de trabalho criadas pelo turismo no país.

Segundo o relatório, o aumento do número de visitantes nos Estados Unidos poderia ajudar a dobrar as exportações em cinco anos e a criar 1,3 milhão de novos empregos até 2020. Um passo-chave para atingir esse objetivo, aconselha o estudo, é acabar com esse oneroso sistema de vistos.

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