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"Turbante-bomba" mata quatro no Afeganistão

Um clérigo influente morreu com a explosão. Mais 15 pessoas estão feridas

Atentado com "turbante-bomba" ocorre depois da morte do irmão do presidente Hamid Karzai (Getty Images)

Atentado com "turbante-bomba" ocorre depois da morte do irmão do presidente Hamid Karzai (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 10h01.

Kandahar - Um militante suicida, aparentemente com explosivos escondidos no turbante, matou quatro pessoas na quinta-feira no Afeganistão, durante uma cerimônia fúnebre em memória de Ahmad Wali Karzai, irmão do presidente do país, que foi assassinado nesta semana.

Entre os mortos está um influente clérigo muçulmano. O atentado ocorreu na Mesquita Vermelha de Kandahar, e deixou também 15 feridos, segundo o Ministério do Interior.

O presidente Hamid Karzai já havia regressado a Cabul depois do sepultamento do irmão, na quarta-feira. A cerimônia tinha a participação de vários ministros e parentes do presidente, que escaparam ilesos.

"Quatro pessoas, inclusive uma criança, foram martirizadas. Entre os mortos estava o chefe do Conselho Ulemá provincial, Hikmatullah Hikmat", disse o Ministério do Interior em nota. O Conselho Ulemá é um órgão clerical que regulamenta questões religiosas.

As ruas em torno da mesquita foram interditadas após o ataque. Um porta-voz da Isaf (força militar da Otan) disse que helicópteros estrangeiros foram cedidos às autoridades de segurança locais que lidam com o caso.

Wali Karzai, meio-irmão mais novo do presidente e um dos homens mais influentes e polêmicos do sul do Afeganistão, foi morto a tiros por um segurança na terça-feira, dentro da sua casa. Seu assassinato despertou temores de um vácuo de poder no já volátil sul afegão.

Aos prantos, Karzai enterrou o irmão na quarta-feira, mas prontamente deu a outro irmão um dos cargos deixados por Wali Karzai, numa aparente tentativa de evitar disputas políticas.

Pelo Twitter, o canal de TV local Tolo noticiou uma segunda explosão perto de um comboio policial no bairro de Loya Wiala, em Kandahar, mas não houve confirmação oficial disso.

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