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Tunísia e Egito começam a recuperar turistas após protestos

Organização Mundial do Turismo trabalha com os governos provisórios dos dois países para garantir a retomada do setor

Pirâmides do Egito: atração foi fechada devido aos protestos (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 19h38.

Brasília – A crise que atingiu a Tunísia e o Egito, gerando manifestações e as renúncias dos respectivos presidentes dos dois países, não aterroriza mais os turistas. A conclusão é da Organização Mundial do Turismo (OMT), que constatou uma lenta recuperação da capacidade de atrair o turismo por parte da Tunísia e do Egito.

A explicação é que, sem os confrontos entre manifestantes e forças de segurança, os turistas começaram a retomar o interesse pela região. Não há ainda, no entanto, dados estatísticos sobre a quantidade de turistas que voltou a circular nos dois países.

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A OMT atua em parceria com as autoridades, que controlam os governos provisórios tanto da Tunísia como também do Egito, para estimular o retorno do turismo na região. No período das manifestações no Egito, as pirâmides e o Museu Histórico do Cairo foram cercados e fechados para visitas.

Na Tunísia, a medina – que é o centro histórico e artístico de Túnis, capital do país – e museus também foram cercados, por questão de segurança, nos dias em que houve manifestações. De acordo com a OMT, o turismo é uma das bases da economia do Egito, representando 10% das receitas do país. No caso da Tunísia, o setor representa 6% da economia.

Em 2009, cerca de 12 milhões de turistas visitaram as cidades egípcias, gerando a movimentação de US$ 11 bilhões. No mesmo período, pelas cidades tunisianas, passaram aproximadamente 7 milhões de turistas, que movimentaram US$ 3 bilhões. Ainda não há dados compilados sobre a atividade econômica em 2010.

"Como a situação tem evoluído ao longo das últimas semanas, tenho o prazer de ver que os avisos de viagem foram mantidos e [que há] apenas algumas restrições às áreas afetadas", disse o secretário-geral da OMT, Taleb Rifai.

De janeiro a fevereiro, a Tunísia e o Egito passaram por momentos de tensão política com a ocorrência de várias manifestações em protesto aos respectivos governos. Sob pressão interna e externa, os presidentes Ben Ali, da Tunísia, e Hosni Mubarak, do Egito, renunciaram. Ambos os países estão sob o comando de governos provisórios.

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