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Tunísia condena ditador Ben Ali a 35 anos de prisão

Ex-presidente e a esposa são acusados de roubo e posse ilegal de moeda estrangeira e de joias

Tribunal diz que não cobriu todas as acusações contra o Ben Ali e vai continuar julgamento (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Tribunal diz que não cobriu todas as acusações contra o Ben Ali e vai continuar julgamento (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 17h42.

São Paulo – O ex-presidente da Tunísia, Zine el-Abidine Ben Ali e sua esposa foram condenados a 35 anos de prisão por uma corte tunisiana. O júri os considerou culpados de roubo e apropriação ilegal de dinheiro e joias.

A investigação e o julgamento ocorreram sem a presença de Ben Ali no país, já que o ex-presidente havia deixado o território em janeiro, quando uma onda de violentos protestos contra ele tomou as ruas.

Segundo informações do jornal britânico The Guardian, Ben Ali acumulou uma grande riqueza ao se envolver em alguns dos maiores negócios fechados na Tunísia nos 23 anos em que ele esteve no poder.

Além das sentenças, o tribunal condenou o casal a pagar em moeda tunisiana o equivalente a 66 milhões de dólares. Durante o julgamento, o tribunal acrescentou que não estava considerando todas as acusações contra Ben Ali, e que o restante seria julgado em uma data posterior. 

Um dos advogados que representa o ditador disse à agência de notícias Reuters, que pediria à corte um adiamento, para tentar convencer Ben Ali a comparecer ao julgamento.

De acordo com o Guardian, mais de 30 membros da família de Ben Ali foram presos desde que os protestos na Tunísia começaram. Eles são acusados de crimes financeiros e de abuso de poder.

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