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Túneis da 2ª Guerra serão transformados em atração turística de Londres

Com 1,6 km de extensão, os túneis foram construídos para abrigar a população durante os bombardeios da Alemanha sobre a capital inglesa

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 08h56.

Antigos túneis construídos sob o centro de Londres para abrigar a população durante os bombardeios alemães na Segunda Guerra Mundial serão transformados em atração turística.

As passagens subterrâneas, que tem extensão de 1,6 quilômetros, foram compradas pela empresa The London Tunnels. Administrada pelo ex-banqueiro Angus Murray, a companhia planeja transformar os espaços em um memorial turístico da Blitz alemã em Londres.

A criação da nova atração foi aprovada pelas autoridades britânicas e deve custar cerca de £ 120 milhões (R$ 875,2 milhões). A expectativa de Murray é a de que os túneis estejam prontos para receber o público até o final de 2027 ou início de 2028.

Os planos da empresa estimam que até 3 milhões de pessoas por ano pagariam cerca de £ 30 (R$ 219) para visitar as passagens subterrâneas.

O objetivo é que os túneis da Segunda Guerra tenham um impacto no turismo de Londres semelhante ao da roda-gigante London Eye, inaugurada há 25 anos, que atrai mais de 3 milhões de visitantes anualmente.

A história dos túneis

Escavados à mão a partir de 1940, os túneis foram construídos quando aviões alemães bombardeavam Londres quase todos os dias e noites. Durante os bombardeios, os londrinos se refugiavam nas estações de trem subterrâneas da capital. Quando as obras foram concluídas em 1942, a Blitz alemã já havia terminado.

Em 1944, os túneis foram usados para abrigar o quartel-general de espiões britânicos. No entanto, desde a década de 1970, eles estão praticamente vazios.

Reportagem da Reuters aponta que a rede de passagens subterrâneas é um verdadeiro “labirinto de geradores antigos, canos e parafusos enferrujados”.

No local também há restos de uma cantina que atendia os mais de 200 funcionários que trabalhavam nos túneis durante as décadas de 1960 e 1970, quando o espaço funcionava como uma central telefônica.

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