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TST faz ato no Itaquerão por trabalho seguro na construção

A construção civil é o setor com o maior número de vítimas fatais em acidentes de trabalho, segundo dados da Previdência Social

Parte do setor de arquibancadas do estádio foi ocupada por cerca de dois mil trabalhadores do consórcio responsável pelas obras (Monitoramento/Ministério do Esporte)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 13h45.

São Paulo – O canteiro de obras do Estádio Itaquerão, que receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014 , foi palco de um ato público hoje (14) em defesa da segurança no trabalho. Este é terceiro ato promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que percorrerá todos os estádios em obras para a Copa. A construção civil é o setor com o maior número de vítimas fatais em acidentes de trabalho, segundo dados da Previdência Social. Em 2010, foram 54.664 acidentes em obras dos 701 mil registrados no país.

De acordo com o ministro João Oreste Dalazen, presidente do TST, a Justiça trabalhista está preocupada com o aumento dos números de acidentes de trabalho porque o índice dobrou entre 2001 e 2010. “No ano passado, a média foi de sete trabalhadores mortos por dia. Todos perdem com o acidente de trabalho. Não há condenação da Justiça que devolva a vida ou a saúde para os que sofrem acidentes”.

Para Dalazen, o ritmo acelerado das obras pode contribuir para um aumento de ocorrências. “Quanto maior a rapidez, maior é o receio de que haja negligência na execução do trabalho e, por conseguinte, um maior número de acidentes de trabalho. É também uma das razões que nos levaram a essa mobilização”. O ato pretende impulsionar ações nacionais voltadas à prevenção de acidentes, conforme explicou o ministro.

Parte do setor de arquibancadas do estádio foi ocupada por cerca de dois mil trabalhadores do consórcio responsável pelas obras. Eles receberam cartilhas, assistiram a vídeos informativos e participaram de sorteios de camisas da seleção brasileira autografada pelo ex-jogador Roberto Rivellino, atleta da seleção brasileira de futebol na década de 1970, que participou do evento.

“O envolvimento dos trabalhadores é fundamental para a segurança nas obras. Temos a meta de construir o Itaqueirão com nenhum acidente grave”, declarou Antônio Zuchowski, gerente de sustentabilidade da Odebretch, empresa responsável pela obra. O estádio começou a ser construído em maio de 2011 e, segundo a empresa, não foi registrado nenhum acidente de maior gravidade. De acordo com Zuchowski, acidente grave resulta no comprometimento das atividades do trabalhador.

O operário Jorge Marques da Silva, de 32 anos, que trabalha na obra do futuro estádio do Corinthians há nove meses, contribui diretamente para a redução de acidentes. Como exerce a função de sinaleiro, ele é responsável por marcar os locais com propensão de acidentes. “Faço isolamento em buracos, em alturas. A gente acha que já sabe, mas sempre tem que o aprender. Eu não sabia, por exemplo, em que alturas você precisaria usar cinto de segurança”.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Vilmar Gomes dos Santos, a garantia de direitos trabalhistas também são fundamentais para a redução dos acidentes de trabalho. “Falta de alimentação adequada, pouco descanso são exemplos de situações que resultam no aumento de acidentes”. O sindicalista relembrou as mobilizações de trabalhadores em obras da Copa do Mundo de Futebol deste ano, ocorridas em Salvador e Recife, que reivindicavam melhorias como essas.

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São Paulo – O canteiro de obras do Estádio Itaquerão, que receberá os jogos da Copa do Mundo de 2014 , foi palco de um ato público hoje (14) em defesa da segurança no trabalho. Este é terceiro ato promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que percorrerá todos os estádios em obras para a Copa. A construção civil é o setor com o maior número de vítimas fatais em acidentes de trabalho, segundo dados da Previdência Social. Em 2010, foram 54.664 acidentes em obras dos 701 mil registrados no país.

De acordo com o ministro João Oreste Dalazen, presidente do TST, a Justiça trabalhista está preocupada com o aumento dos números de acidentes de trabalho porque o índice dobrou entre 2001 e 2010. “No ano passado, a média foi de sete trabalhadores mortos por dia. Todos perdem com o acidente de trabalho. Não há condenação da Justiça que devolva a vida ou a saúde para os que sofrem acidentes”.

Para Dalazen, o ritmo acelerado das obras pode contribuir para um aumento de ocorrências. “Quanto maior a rapidez, maior é o receio de que haja negligência na execução do trabalho e, por conseguinte, um maior número de acidentes de trabalho. É também uma das razões que nos levaram a essa mobilização”. O ato pretende impulsionar ações nacionais voltadas à prevenção de acidentes, conforme explicou o ministro.

Parte do setor de arquibancadas do estádio foi ocupada por cerca de dois mil trabalhadores do consórcio responsável pelas obras. Eles receberam cartilhas, assistiram a vídeos informativos e participaram de sorteios de camisas da seleção brasileira autografada pelo ex-jogador Roberto Rivellino, atleta da seleção brasileira de futebol na década de 1970, que participou do evento.

“O envolvimento dos trabalhadores é fundamental para a segurança nas obras. Temos a meta de construir o Itaqueirão com nenhum acidente grave”, declarou Antônio Zuchowski, gerente de sustentabilidade da Odebretch, empresa responsável pela obra. O estádio começou a ser construído em maio de 2011 e, segundo a empresa, não foi registrado nenhum acidente de maior gravidade. De acordo com Zuchowski, acidente grave resulta no comprometimento das atividades do trabalhador.

O operário Jorge Marques da Silva, de 32 anos, que trabalha na obra do futuro estádio do Corinthians há nove meses, contribui diretamente para a redução de acidentes. Como exerce a função de sinaleiro, ele é responsável por marcar os locais com propensão de acidentes. “Faço isolamento em buracos, em alturas. A gente acha que já sabe, mas sempre tem que o aprender. Eu não sabia, por exemplo, em que alturas você precisaria usar cinto de segurança”.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Vilmar Gomes dos Santos, a garantia de direitos trabalhistas também são fundamentais para a redução dos acidentes de trabalho. “Falta de alimentação adequada, pouco descanso são exemplos de situações que resultam no aumento de acidentes”. O sindicalista relembrou as mobilizações de trabalhadores em obras da Copa do Mundo de Futebol deste ano, ocorridas em Salvador e Recife, que reivindicavam melhorias como essas.

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