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Tsipras trabalha para formar governo com reformas na Grécia

Tsipras, líder do Syriza, vai participar nesta segunda-feira em uma reunião com o chefe do partido de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos

Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia: "Esperamos poder avançar com o novo governo assim que constituído. Há muito trabalho pendente e não há tempo a perder", afirma porta-voz da CE (REUTERS/Paul Hanna)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 11h12.

Fortalecido com a vitória eleitoral inquestionável neste domingo, Alexis Tsipras começa a trabalhar nesta segunda-feira na formação de um governo encarregado de aplicar as reformas econômicas exigidas pelos credores em troca de mais financiamento.

Tsipras, líder do Syriza , vai participar nesta segunda-feira em uma reunião com o chefe do partido de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos, com quem repetirá a coalizão formada em janeiro, quando venceu pela primeira vez.

Juntos, terão uma maioria de 155 deputados no Parlamento, em um total de 300.

Tsipras assumirá o cargo ante o presidente da República na noite desta segunda-feira, e deverá ter seu governo formado já na terça-feira.

"Esperamos poder avançar com o novo governo assim que constituído. Há muito trabalho pendente e não há tempo a perder", afirmou Margaritis Schinas, porta-voz da Comissão Europeia.

Tsipras se impôs com uma vitória esmagadora nas eleições de domingo e ganhou sua aposta de convocar novas eleições para recuperar impulso político depois de concluir o terceiro plano de resgate do país.

Tsipras se comprometeu a cumprir as condições do novo resgate, de aproximadamente 86 bilhões de euros e previsto para três anos.

Ele prometeu, no entanto, que sua aplicação buscará proteger os mais vulneráveis e que lutará pela redução da dívida pública pública do país, que com o novo plano chegará a 200% do PIB.

Com cerca de 90% dos votos apurados, o partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro, teve 35,53% dos votos, com vantagem de mais de sete pontos sobre seu grande rival Nova Democracia, de Evangelos Meimarakis, que teve 28,05% dos votos e reconheceu sua derrota e parabenizou Tsipras.

"Diante de nós se abre o caminho do trabalho e das lutas", escreveu no Twitter o líder de esquerda, que quer ter uma margem de manobra na aplicação do novo plano de resgate.

Em seu breve discurso, Tsipras aplaudiu uma "vitória do povo", e a interpretou como um mandato "cristalino" para governar quatro anos, depois de um 2015 agitado, com o risco de saída da zona do euro.

"Continuaremos essa luta durante quatro anos, porque recebemos um mandato para quatro anos", ressaltou Tsipras.

Segundo dados do ministério do Interior, o Syriza soma, até o momento, 35,53% dos votos, com 145 cadeiras do parlamento, a seis da maioria absoluta. O Nova Democracia, liderado por Evangelos Meimarakis, somou 28,05% dos votos, com 75 cadeiras.

A lei eleitoral grega dá um bônus de 50 deputados ao partido mais votado.

Meimarakis reconheceu sua derrota para a imprensa e felicitou a Tsipras por sua vitória. "Parece que nesses seis meses os cidadãos não mudaram de opinião", declarou.

Na falta de maioria absoluta, Tsipras deverá voltar a formar uma coalizão para continuar governando. Os candidatos são o Pasok socialista, os centristas do To Potami, e a direita dos Gregos Independentes.

A terceira força política continuará sendo a neonazista de Amanhecer Dourado, com 6,96% dos votos e 18 cadeiras. Atrás aparecem o Pasok socialista, com 6,40% dos votos (17 deputados) e os centristas di To Potami (4%, 11 deputados).

O novo Parlamento teria, então, oito partidos, um a mais do que a formação anterior, com a entrada da União de Centristas.

A vitória de Tsipras era muito esperada pela esquerda, oposta às políticas de austeridade, em outros países da zona do euro, como Espanha, Portugal e Irlanda, que celebrarão eleições nos próximos meses.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, também felicitou neste domingo Alexis Tsipras, e pediu um governo "sólido", assim como o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Tsipras chegou ao poder em 25 de janeiro com a promessa de acabar com as políticas de austeridade aplicadas na Grécia desde 2010.

Após a vitória esmagadora do "não" às condições impostas pelos credores no referendo de 5 de julho, Tsipras terminou por aceitar o resgate no dia 13 de julho em Bruxelas.

Ao submeter esse acordo ao parlamento, Tsipras perdeu a maioria na câmara, enfrentado um racha de muitos deputados de seu próprio partido, contrários ao resgate e às condições impostas.

Para recuperar impulso, Tsipras decidiu renunciar em 20 de agosto e forçar novas eleições antecipadas para este domingo.

Com esse resultado, o líder do Syriza deve enfim se livrar da dissidência interna que, após se opor ao novo resgate, formou um partido que defende a saída da Grécia da zona do euro, o Unidade Popular.

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Fortalecido com a vitória eleitoral inquestionável neste domingo, Alexis Tsipras começa a trabalhar nesta segunda-feira na formação de um governo encarregado de aplicar as reformas econômicas exigidas pelos credores em troca de mais financiamento.

Tsipras, líder do Syriza , vai participar nesta segunda-feira em uma reunião com o chefe do partido de direita Gregos Independentes, Panos Kammenos, com quem repetirá a coalizão formada em janeiro, quando venceu pela primeira vez.

Juntos, terão uma maioria de 155 deputados no Parlamento, em um total de 300.

Tsipras assumirá o cargo ante o presidente da República na noite desta segunda-feira, e deverá ter seu governo formado já na terça-feira.

"Esperamos poder avançar com o novo governo assim que constituído. Há muito trabalho pendente e não há tempo a perder", afirmou Margaritis Schinas, porta-voz da Comissão Europeia.

Tsipras se impôs com uma vitória esmagadora nas eleições de domingo e ganhou sua aposta de convocar novas eleições para recuperar impulso político depois de concluir o terceiro plano de resgate do país.

Tsipras se comprometeu a cumprir as condições do novo resgate, de aproximadamente 86 bilhões de euros e previsto para três anos.

Ele prometeu, no entanto, que sua aplicação buscará proteger os mais vulneráveis e que lutará pela redução da dívida pública pública do país, que com o novo plano chegará a 200% do PIB.

Com cerca de 90% dos votos apurados, o partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro, teve 35,53% dos votos, com vantagem de mais de sete pontos sobre seu grande rival Nova Democracia, de Evangelos Meimarakis, que teve 28,05% dos votos e reconheceu sua derrota e parabenizou Tsipras.

"Diante de nós se abre o caminho do trabalho e das lutas", escreveu no Twitter o líder de esquerda, que quer ter uma margem de manobra na aplicação do novo plano de resgate.

Em seu breve discurso, Tsipras aplaudiu uma "vitória do povo", e a interpretou como um mandato "cristalino" para governar quatro anos, depois de um 2015 agitado, com o risco de saída da zona do euro.

"Continuaremos essa luta durante quatro anos, porque recebemos um mandato para quatro anos", ressaltou Tsipras.

Segundo dados do ministério do Interior, o Syriza soma, até o momento, 35,53% dos votos, com 145 cadeiras do parlamento, a seis da maioria absoluta. O Nova Democracia, liderado por Evangelos Meimarakis, somou 28,05% dos votos, com 75 cadeiras.

A lei eleitoral grega dá um bônus de 50 deputados ao partido mais votado.

Meimarakis reconheceu sua derrota para a imprensa e felicitou a Tsipras por sua vitória. "Parece que nesses seis meses os cidadãos não mudaram de opinião", declarou.

Na falta de maioria absoluta, Tsipras deverá voltar a formar uma coalizão para continuar governando. Os candidatos são o Pasok socialista, os centristas do To Potami, e a direita dos Gregos Independentes.

A terceira força política continuará sendo a neonazista de Amanhecer Dourado, com 6,96% dos votos e 18 cadeiras. Atrás aparecem o Pasok socialista, com 6,40% dos votos (17 deputados) e os centristas di To Potami (4%, 11 deputados).

O novo Parlamento teria, então, oito partidos, um a mais do que a formação anterior, com a entrada da União de Centristas.

A vitória de Tsipras era muito esperada pela esquerda, oposta às políticas de austeridade, em outros países da zona do euro, como Espanha, Portugal e Irlanda, que celebrarão eleições nos próximos meses.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, também felicitou neste domingo Alexis Tsipras, e pediu um governo "sólido", assim como o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Tsipras chegou ao poder em 25 de janeiro com a promessa de acabar com as políticas de austeridade aplicadas na Grécia desde 2010.

Após a vitória esmagadora do "não" às condições impostas pelos credores no referendo de 5 de julho, Tsipras terminou por aceitar o resgate no dia 13 de julho em Bruxelas.

Ao submeter esse acordo ao parlamento, Tsipras perdeu a maioria na câmara, enfrentado um racha de muitos deputados de seu próprio partido, contrários ao resgate e às condições impostas.

Para recuperar impulso, Tsipras decidiu renunciar em 20 de agosto e forçar novas eleições antecipadas para este domingo.

Com esse resultado, o líder do Syriza deve enfim se livrar da dissidência interna que, após se opor ao novo resgate, formou um partido que defende a saída da Grécia da zona do euro, o Unidade Popular.

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