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Trump volta a questionar ataques de hackers russos nas eleições

O presidente eleito voltou a questionar a convicção dos serviços de inteligência envolvendo a invasão de e-mails de líderes do Partido Democrata

Trump: o Comitê Nacional do Partido Democrata (DNC) também foi invadido por hackers que a inteligência americana afirma estar relacionados à Rússia (Drew Angerer/Getty Images)
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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 13h49.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , voltou a questionar, nesta quarta-feira, a convicção dos serviços de inteligência envolvendo os ataques cibernéticos russos nas eleições presidenciais de novembro através da invasão de e-mails de líderes do Partido Democrata.

Em mensagens na rede social Twitter, Trump lembrou que Julian Assange, fundador do WikiLeaks (que divulgou os e-mails), havia afirmado que esta organização não recebeu a informação por parte da Rússia.

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"Julian Assange disse que 'um menino de 14 anos poderia ter hackeado os e-mails de (John) Podesta'", escreveu Trump no Twitter, em referência ao chefe de campanha da candidata presidencial democrata Hillary Clinton, acrescentando que, "além disso, disse que os russos não deram a ele a informação".

O Comitê Nacional do Partido Democrata (DNC) também foi invadido por hackers que a inteligência americana afirma estar relacionados à Rússia.

"Por que o DNC foi tão descuidado?", se perguntou Trump. "Alguém hackeou o DNC, mas por que não tinham defesas contra os hackers, como o RNC?", afirmou, referindo-se ao Comitê Nacional do Partido Republicano.

A comunidade de inteligência americana chegou à conclusão de que os ataques cibernéticos e a divulgação dos e-mails de Podesta e de líderes democratas foram projetados para permitir que Trump fosse o vencedor das eleições.

A Rússia rejeitou diversas vezes as alegações de que teria sido responsável pelos ataques cibernéticos.

Em uma entrevista divulgada na terça-feira pela rede americana de televisão Fox, Assange declarou que os ataques de hackers na conta de e-mail de Podesta no Gmail foram "algo que um menino de 14 anos poderia ter feito".

Além disso, insistiu que nenhum grupo relacionado ao governo da Rússia é a fonte do material hackeado.

"A fonte não é o governo russo. Não um Estado", disse um fundador do WikiLeaks, que permanece refugiado na embaixada do Equador em Londres.

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