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Trump teria autorizado assassinato de Soleimani há 7 meses, diz emissora

Soleimani foi assassinado no último dia 3 de janeiro em uma operação militar do Pentágono com um drone nos arredores do aeroporto de Bagdá

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos acompanham de perto os movimentos de Soleimani há anos (Anton Novoderezhkin/Getty Images)

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos acompanham de perto os movimentos de Soleimani há anos (Anton Novoderezhkin/Getty Images)

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EFE

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 21h21.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria autorizado o assassinato do general Qasem Soleimani há sete meses, com a condição prévia de que o Irã provocasse a morte de algum cidadão americano.

A ordem dada por Trump foi divulgada pela emissora americana "NBC", que ouviu cinco funcionários e ex-integrantes do governo dos EUA. O presidente teria dado sinal verde para um ataque contra Soleimani em junho, mas determinou que qualquer ação militar futura para matar o general iraniano deveria ter sua assinatura.

Segundo as fontes consultadas pela "NBC", essa autorização explica por que o assassinato de Soleimani estava entre as opções que o Pentágono apresentou a Trump há duas semanas para responder a um ataque de milícias iraquianas pró-Irã que acabou com a morte de um empreiteiro americano.

As fontes afirmaram que o então assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, pressionou Trump a responder à queda de um drone americano no Irã com uma operação para matar Soleimani. Ele teve apoio do ainda secretário de Estado, Mike Pompeo.

Uma pessoa com conhecimento dessa reunião explicou à "NBC" que a mensagem de Trump foi clara. "(O assassinato de Soleimani) só estaria sobre a mesa se (os iranianos) atacassem americanos", disse a fonte.

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos acompanham de perto os movimentos de Soleimani há anos. A ideia de matá-lo teria surgido, segundo a "NBC", durante uma reunião do então assessor de Segurança Nacional de Trump, o general H.R. McMaster, com outros funcionários da Casa Branca.

A ideia ganhou força com a chegada de Bolton, um dos principais defensores de uma mudança do regime no Irã, que abandonou o governo em setembro depois de uma série de divergências com Trump.

Soleimani foi assassinado no último dia 3 de janeiro em uma operação militar do Pentágono com um drone nos arredores do aeroporto de Bagdá. A ação ocorreu dias depois da morte de um empreiteiro americano e da invasão da embaixada americana na capital do Iraque.

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