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Trump se contradiz sobre elevação de impostos para ricos

Essa ideia de fazer os ricos pagarem mais contradiz o plano fiscal de Trump, que propõe rebaixamentos impositivos para todos os americanos


	Trump: "Estou disposto a pagar mais (impostos) e os ricos estão dispostos a pagar mais", disse o magnata
 (Kamil Krzaczynski / Reuters)

Trump: "Estou disposto a pagar mais (impostos) e os ricos estão dispostos a pagar mais", disse o magnata (Kamil Krzaczynski / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 13h05.

Washington - O virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, tentou contemporizar hoje as declarações de que elevaria os impostos para os mais ricos caso vença a eleição para a presidência dos Estados Unidos.

"Estou disposto a pagar mais (impostos) e os ricos estão dispostos a pagar mais", disse o magnata multimilionário no domingo em uma entrevista à emissora "ABC".

Essa ideia de fazer os ricos pagarem mais contradiz o plano fiscal de Trump, que propõe rebaixamentos impositivos para todos os americanos.

Também se choca com a filosofia contrária a alta de impostos defendida pelo Partido Republicano desde a década de 90.

Hoje, em outra entrevista à emissora "CNN", Trump quis esclarecer suas declarações anteriores e afirmou que, se chegar à Casa Branca, os ricos pagarão menos impostos do que agora.

"Se aumento (os impostos) dos ricos, eles ainda vão pagar menos do que pagam agora. Não estou falando de incrementos deste ponto (o percentual atual). Estou falando de aumentos a partir da minha proposta fiscal", explicou o magnata.

O plano fiscal apresentado por Trump durante a campanha estabelece um imposto de 25% para as rendas mais altas, inferior aos atuais 39,6%.

Segundo o empresário nova-iorquino, ele está aberto a incrementar essa taxa de 25% dentro de futuras negociações com o Congresso para tentar aprovar uma reforma tributária, mas não chegaria a ser tão alta como a atual.

Em sua entrevista domingo na "ABC", Trump também se mostrou aberto a um possível aumento do salário mínimo, que está hoje em US$ 7,25 a hora, mas lembrou que isso deve estar nas mãos dos estados, não do governo federal.

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