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Trump revela plano de navios de guerra para reforçar o poderio naval dos EUA

Plano anunciado pela Casa Branca prevê a construção inicial de duas unidades, com possibilidade de ampliação para entre 20 e 25 navios

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 20h23.

Última atualização em 22 de dezembro de 2025 às 20h33.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, a criação de uma nova classe de navios de guerra, batizada de “Classe Trump”. As embarcações integrarão a Frota Dourada, projeto de expansão da capacidade naval dos Estados Unidos. O plano prevê a construção inicial de duas unidades, com possibilidade de ampliação para entre 20 e 25 navios.

Segundo o republicano, os novos navios serão maiores, mais rápidos e terão poder de fogo significativamente superior ao de modelos anteriores. O objetivo declarado é consolidar a supremacia marítima dos Estados Unidos.

O secretário da Marinha, John Phelan, afirmou que o projeto representará o maior volume de tonelagem e capacidade de fogo já registrado em construção naval no país. A fabricação dos componentes será distribuída entre todos os estados americanos.

Os navios terão os maiores canhões já integrados a embarcações de guerra dos EUA e serão equipados com mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares, lançados do mar. A primeira unidade da nova classe se chamará USS Defiant.

Trump também mencionou que a Frota Dourada incluirá outros tipos de embarcações, entre elas uma nova classe de fragatas menores e mais ágeis, já anunciada previamente pela Marinha.

Crise na Venezuela

A declaração ocorre em meio ao aumento da presença naval dos Estados Unidos no Caribe, no contexto da pressão exercida contra o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.

A ofensiva inclui medidas para restringir as receitas do país com petróleo. Na sexta-feira anterior, a Marinha norte-americana confirmou que irá incorporar uma nova classe de fragatas, com construção nacional, como parte da frota projetada por Trump. O plano prevê embarcações mais avançadas, com foco em conter a influência da China.

As novas fragatas serão responsáveis por missões de escolta e defesa de rotas marítimas e navios de maior porte. Paralelamente, a atuação da Marinha no Caribe tem se intensificado, especialmente com a realização de interceptações de petroleiros — embora a liderança dessas operações esteja a cargo da Guarda Costeira dos EUA.

Neste mês, duas embarcações foram interceptadas nas proximidades da costa venezuelana. No domingo, a Guarda Costeira americana confirmou estar em “perseguição ativa” ao petroleiro Bella 1, que havia ignorado ordens de apreensão emitidas por autoridades dos Estados Unidos.

De acordo com informações preliminares, o navio estava vazio e se dirigia à Venezuela para carregar petróleo. Pela manhã, nesta segunda-feira, 22, autoridades americanas consideraram como um avanço o fato de a embarcação ter alterado sua rota e estar se afastando da costa venezuelana.

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