Trump reitera que está aberto para acordo "mais amplo" com Irã
O presidente assinou hoje uma ordem executiva para impor novamente certas sanções ao Irã, após retirar os EUA do acordo nuclear de 2015
EFE
Publicado em 6 de agosto de 2018 às 15h25.
Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 15h55.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , reiterou nesta segunda-feira que está "aberto" a conseguir um novo acordo "mais amplo" com o Irã que não se limite a seu programa nuclear e que englobe todas "as atividades malignas" dos aiatolás, incluindo suas atividades em outros países da região.
"Estou aberto a conseguir um acordo mais amplo que aborde toda a gama de atividades malignas do regime, entre eles seu programa de mísseis balísticos e seu apoio ao terrorismo", afirmou hoje Trump, informou a Casa Branca em comunicado.
O presidente assinou hoje uma ordem executiva para impor novamente certas sanções ao Irã a partir da meia-noite (horário de Washington) como fruto de sua decisão de maio de retirar os EUA do acordo nuclear internacional de 2015.
Às 00h01 local de terça-feira, os EUA penalizarão novamente o comércio de ouro, metais preciosos e outros, entre os quais estão o alumínio e o aço, reimporá sanções ao setor automotriz do Irã e proibirá as transações financeiras relacionadas com o sistema de ferrovias.
Além disso, os EUA impedirão que o Irã adquira dólares e imporão sanções àqueles que comprem ou facilitem a emissão de dívida soberana iraniana.
Trump avisou que "os indivíduos ou entidades que não cancelarem suas atividades com o Irã correm o risco de sofrer graves consequências" e afirmou que os EUA estiveram trabalhando com outras nações para isolar economicamente o Irã, forçando companhias estrangeiras a fecharem seus negócios no país persa.
"Me satisfaz - disse Trump - que muitas empresas internacionais já tenham anunciado a intenção deixar o mercado iraniano e vários países tenham indicado que reduzirão ou encerrarão com as importações de petróleo iraniano".
Segundo indicou hoje um alto funcionário americano, cerca de 100 empresas já anunciaram um desejo de deixar o Irã, especialmente pela incerteza nos setores energéticos e financeiros.
A de hoje é a primeira rodada de sanções contra o Irã retomada pelos Estados Unidos, que devem implementar as outras em novembro, que incluem as transações financeiras com o Banco Central do Irã e a venda de petróleo, uma das principais fontes de divisas do país.