SALLY YATES: a procuradora-geral da República foi demitida por Trump após se recusar a defender a proibição a muçulmanos / Kevin Lamarque/Reuters
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 17h49.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.
Trump demite
Os estados de Massachusetts e São Francisco vão processaram o governo do presidente Donald Trump contra a ordem executiva que proíbe cidadãos de sete países muçulmanos de entrarem nos Estados Unidos. Os processos alegam que a proibição viola a liberdade religiosa prevista pela Constituição americana. Na noite de segunda-feira, Trump demitiu a procuradora-geral da república, Sally Yates, que se recusou a defender o governo em processos sobre o tema. Yates era remanescente da gestão Obama e estava no cargo até o escolhido de Trump, Jeff Sessions, ser aprovado pelo Senado.
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Ameaças a UE
O presidente do Conselho Europeu Donald Tusk classificou Trump como uma “ameaça” para a União Europeia, assim como a “política agressiva da Rússia”, a “assertividade da China” e o “radicalismo islâmico”. Às vésperas de um encontro entre os líderes europeus, que discutirão o futuro do bloco na sexta-feira 3, Tusk pediu que os europeus se unam ou ficarão “dependentes de superpotências”. Na segunda-feira, Guy Verhofstadt, negociador do Brexit no Parlamento Europeu, também havia classificado Trump como ameaça e disse que o americano está trabalhando para acabar com a UE ao incentivar o nacionalismo.
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Israel se desculpa
Após um tuíte do premiê israelense Benjamin Netanyahu no sábado 28 dizendo que o muro na fronteira americana para barrar a entrada de mexicanos era “uma ideia formidável”, o gabinete do presidente de Israel, Reuven Rivlin, divulgou um comunicado pedindo “desculpas por qualquer ferida” causada pelo que chamou de “mal-entendido”. Luis Videgaray, ministro das Relações Exteriores mexicano, havia exigido um pedido de desculpas. Na segunda-feira, Netanyahu afirmou que não estava se referindo ao México, mas ao sucesso de um muro similar construído por ele nas fronteiras israelenses.
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Buffet: fortuna via Trump?
Apostando no otimismo dos investidores com as reformas de Trump a curto prazo, o bilionário investidor Warren Buffet disse que seu fundo de investimentos, o Berkshire, comprou 12 bilhões de dólares em ações desde a vitória de Trump em 8 de novembro — ainda que ele, pessoalmente, tenha apoiado a democrata Hillary Clinton. Buffet disse que não acredita que Trump vai atingir seu objetivo de um crescimento de 4% ao ano, mas que somente metade disso já seria capaz de “produzir milagres”. Em 2016, a economia americana cresceu 1,6%.
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Trump na Síria
As Forças Democráticas da Síria (FDS), que lutam contra o grupo terrorista Estado Islâmico no país, afirmaram ter recebido blindados pela primeira vez após a chegada de Donald Trump à presidência nos Estados Unidos. Na gestão de Barack Obama, os sírios recebiam apenas armas leves e apoio pelo ar. “Ocorreram encontros entre as FDS e representantes da nova administração, que nos prometeram mais apoio”, afirmou um porta-voz da organização. Por outro lado, Trump deve oferecer menos ajuda a grupos que lutam contra o presidente sírio Bashar al-Assad, e já declarou que uma queda de Assad poderia levar ao poder “alguém tão mau” quanto ele.
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Argentina: sobe a conta
Em meio a uma inflação de 41%, os preços de serviços essenciais seguem subindo na Argentina. O governo anunciou que a conta de luz na região metropolitana de Buenos Aires, onde vivem 13 milhões de pessoas, vai aumentar entre 60% e 148% em março, mesmo após um aumento de 300% há poucos meses. No ano passado, a justiça proibiu um aumento de 1000% na conta de gás. O ministro da Energia, Juan José Aranguren, disse que as altas fazem parte da “sinceridade tarifária” do presidente Mauricio Macri, após anos de congelamento da gestão de Cristina Kirchner.